Boas notícias para 2018, para os defensores da estética dos Fórmula 1! Os carros do próximo ano não terão a estrutura em halo a proteger os habitáculos, nem as «barbatanas de tubarão» sobre as tampas dos motores, nem mesmo as asas «em T» que as equipas usam na sua extremidade ou, como a Mercedes, em separado! Na reunião do Grupo Estratégico da F1, hoje realizada em Paris, ficou decidido acabar com tudo isso, embora a FIA se mantenha disposta a avançar com o outro sistema de protecção dos «cockpits», a que chama «shield».
Segundo um comunicado da FIA, irão prosseguir os testes com este novo dispositivo de segurança apresentado de surpresa às equipas, durante o G.P. da China – e que é uma espécie de Aeroscreen, o sistema apresentado há um ano pela Red Bull, mas bastante mais baixo –, com vista à sua implementação no próximo ano: «A FIA tenciona realizar ensaios em condições reais, em pista, deste sistema durante 2017, para a sua introdução em 2018».
Já quanto aos «capot» dos motores, no próximo ano terão de voltar ao formato convencional, o que há-de ficar definido através de algumas medidas obrigatórias inscritas no regulamento técnico para 2018. Daí a necessidade destas decisões serem tomadas neste momento, pois até ao final deste mês não é necessária a unanimidade entre as equipas para as alterações poderem ser inscritas nas regras para o próximo ano.
Assim, nem «barbatanas de tubarão» nem apêndices aerodinâmicos extra, sejam as pequenas asas presas nas extremidades das «barbatanas», sejam aqueles autênticos… «cabides» que Mercedes ou McLaren parecem ter nos seus carros. Ross Brawn, agora vice-presidente da Liberty Media com responsabilidade para supervisionar a parte técnica desportiva da F1, já se mostrara frontalmente contra aquelas soluções e lá parece ter levado a sua avante…
Por fim, uma outra decisão interessante para o próximo ano, esta de cariz desportivo: sempre que uma corrida tiver de ser interrompida com uma bandeira vermelha, a corrida será recomeçada com uma partida na grelha, semelhante à do início da prova! Até aqui, como se viu o ano passado na Austrália e no Brasil, após a paragem de uma corrida, os carros voltavam à pista atrás do «safety car» e eram «largados» na volta seguinte.
Agora é como se voltasse a começar o Grande Prémio, alinhando na grelha pela ordem da classificação na corrida. A verdade desportiva sofre um pouco – é bem diferente (re)partir atrás do «safety car» ou da grelha de partida… – mas o «show» fica mais animado! Estas decisões terão ainda de ser ratificadas pelo Conselho Mundial da FIA.