O habitual «briefing» dos pilotos com o director de prova, Charlie Whiting, horas depois da segunda sessão de treinos, voltou a ser «quentinho», com o responsável da FIA e Sebastian Vettel… com as orelhas a arder! Em causa ainda a posição em que o alemão colocou o carro na grelha de partida do G.P. da China, claramente deslocado para a esquerda e quase fora das marcações do seu lugar, assumidamente em busca de uma zona menos molhada da pista que lhe desse melhor tracção.
Logo na altura tinham surgido interrogações sob o assunto e a direcção de prova tinha-o investigado, mas não tomou qualquer atitude. O que levantou, para os restantes pilotos, a simples questão: afinal, o lugar da grelha marcado no chão tem mesmo de ser respeitado ou para-se onde se quer? Vettel ter-se-á defendido inicialmente com o precedente de Daniel Ricciardo ter feito o mesmo no G.P. do Japão do ano passado, sem qualquer punição, mas logo lhe lembraram o que o australiano ouviu no «briefing» da prova seguinte…
O problema parece ser que as regras não especificam, preto no branco, o que é estar na sua posição na grelha, dizendo apenas que o piloto tem de se esforçar para estar na sua posição… Andy Stevenson, director da Force India, explicava: «Em teoria, um piloto está na sua posição desde que tenha uma roda dentro das marcações… Mas não foi com esse espírito que foi escrita a lei».
Ao longo de 22 minutos, Vettel e Whiting ouviram as queixas dos restantes pilotos, com destaque para Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Felipe Massa. E perguntaram claramente a Whiting se, perante a ausência de acção no passado domingo, os pilotos podiam parar na grelha onde lhes desse mais jeito… Whiting respondeu com um rotundo «não!» e prometeu que casos semelhantes serão analisados e terão consequências.
O director de prova contou ainda que Vettel correu o risco de ter de largar para a corrida de Xangai da via das «boxes» por causa de ter colocado mal o carro na grelha, procurando ganhar vantagem mas que achara que o castigo seria demasiado pesado para o erro que estava a ser cometido. Pior a emenda que o soneto… Porque levantou ainda mais celeuma, com Ala Permane, da Renault, a comentar: «Ou fez algo errado ou não fez. Aqui não meios erros… Portanto deveria ter sentido as consequências».