Esta é uma prova com importância acrescida para a Ferrari, não só por ser a corrida de «casa», em frente a muitos milhares de «tifosi» – serão a maioria dos 160 mil espectadores esperados –, mas por ser no ano do 70.º aniversário da marca fundada por Enzo Ferrari. Depois do que equipa e monolugar foram capazes de fazer em Spa, seguindo sempre de perto e lutando directamente com os Mercedes pela vitória, Sebastian Vettel diz não recear a concorrência a estar pronto a dar uma prenda aos fãs da Scuderia!
«Há várias coisas que aprendemos em Spa, aprendemos como equipa mas eu também aprendi como piloto. Coisas que eu talvez tivesse feito de forma diferente…», explicou o pioto alemão, embora garantindo: «A forma que mostrámos em Spa é verdadeira e a velocidade está lá, em especial na corrida. O que, há algumas semanas, numa pista de características semelhantes [Vettel referia-se a Silverstone], não era o caso. As indicações são, portanto, muito positivas».
O alemão também atribui importância ao facto de não terem surgido problemas a atrapalhar o normal programa de trabalho: «Obviamente que ter tido um fim-de-semana sem grandes dores de cabeça também ajudou. Mas, mesmo assim, penso que fizemos evoluções em todas as frentes, o que me deixou muito contente com a nossa prestação na passada semana. Agora não há pistas que nos preocupem».
Vettel reagiu às sugestões de que a Ferrari já tinha dado ordens de equipa para que Raikkonen «trabalhasse» para si, de forma a garantir que continuaria na luta pelo título com Lewis Hamilton. E desmentiu-o categoricamente: «Fiquei surpreendido pela forma como as coisas foram colocadas. Não posso falar pelas outras pessoas mas penso que eu e o Kimi temos lutado um com o outro ao longo de todo o ano».
E o que se passou na Hungria não foi o finlandês a defendê-lo, quando Vettel tinha o carro algo danificado (soube-se mais tarde que tinha sido ao bater com demasiada força num corrector)? O alemão recusa essa ideia: «Se falarem com ele poderá esclarecer-vos. Não creio que estivesse a andar mais devagar, se tivesse tido uma oportunidade para me passar acho que o teria tentado, o que me parece justo, pois teria sido a mesma coisa se as posições estivessem invertidas».
E Vettel reforçou que, na Ferrari, não há ordens de equipa: «corremos para a equipa a damos o nosso melhor. Não sei o que as outras equipas fazem, mas nós os dois podemos andar a fundo e depois logo se vê… Podem falar de outros cenários, mas as coisas acabam por ser sempre um pouco diferentes».