Ainda com os ecos da esplendorosa vitória na Malásia, quase parece que o 3.º lugar de Vettel na China… perdeu valor! «Nunca prometi a ninguém que íamos ganhar aqui!», declarou Maurizio Arrivabene, director da Ferrari que analisou o G.P. da China com realismo e «fair-play»: «Eles foram rápidos e mereceram a vitória. Estamos exactamente onde esperávamos estar».
O mérito da Ferrari foi colocar visivelmente a Mercedes sob pressão, levando a equipa campeã do Mundo e clara dominadora e ter todos os cuidados nesta corrida. De tal forma que, mesmo que indirectamente, acabou por conseguir espalhar a discórdia entre os dois pilotos da Mercedes!
Sebastian Vettel chegou a mostrar-se ameaçador nos dois primeiros terços da prova, enquanto todos rodaram com os pneus macios, quase conseguindo «roubar» o 2.º lugar a Rosberg após a primeira paragem para troca de pneus. «Foi uma boa corrida, estávamos mais perto dos Mercedes com os pneus macios, e tentámos colocar-lhes alguma pressão adicional ao parar mais cedo. Mas, no final, com os pneus médios, eles eram claramente mais rápidos e conseguiram abrir algum avanço. A partir daí, foi controlar e levar o carro até ao fim».
O alemão continua, contudo, muito satisfeito com a evolução demonstrada pela Scuderia: «Mas estou muito feliz, até agora são três pódios em três corridas, sinto-me bem na equipa, as pessoas são fantásticas! Houve muitas alterações no Inverno e só espero que continuemos a progredir a este ritmo para começarmos a dar mais luta aos Mercedes».
Já Kimi Raikkonen fez um arranque soberbo, passando os dois Williams rapidamente. Com uma corrida ao seu jeito, sempre a cuidar bem dos pneus, conseguiu fazer a última paragem quatro voltas mais tarde que Vettel e, no final, deu até a sensação de poder atacar o 3.º lugar do colega de equipa, não fosse a entrada do «safety car». «Sem isso talvez pudesse ter tentado atacar o Sebastian, tinha a velocidade para o fazer, mas fiquei sem voltas».
Finalmente o finlandês teve uma corrida sem sobressaltos e o resultado apareceu de imediato. «Não esperávamos ser tão fortes aqui, mas com o trabalho que temos feito estamos a ficar mais e mais fortes e havemos de os apanhar [os Mercedes] nalgum ponto. Sabemos o que temos de fazer».