Sebastian Vettel vê-se a terminar a sua carreira de piloto de Fórmula 1 na Ferrari. Embora, aos 28 anos, tenha ainda uma longa carreira pela frente, o piloto alemão sugeriu, numa longa entrevista ao seu site oficial, que a Scuderia poderia ser a sua última equipa na F1!
«Sinto-me muito bem onde estou e não penso noutras hipóteses», respondeu, esclarecendo ainda quando confrontado com a pergunta específica sobre se a Ferrari poderia ser a sua última equipa na F1: «Pode ser. Sou aquele tipo de pessoa que não salta de um sítio para outro ao fim de apenas um ano. Nunca o fiz, em nenhuma área da minha vida. Estou feliz onde estou neste momento, temos um objectivo comum que queremos atingir em conjunto. E a Ferrari é muito especial para mim. Desde miúdo que sonhava em correr pela Ferrari».
Nesta entrevista, Vettel mostrou-se preocupado com o caminho que a Fórmula 1 está a tomar, tornando-se demasiado complexa e reduzindo o papel do piloto. «O foco devia manter-se na componente desportiva e em ver qual o piloto mais rápido. Hoje em dia o carro desempenha um papel importante, como sempre desempenhou no passado, mas não nos devemos perder em regras demasiado complexas. A nossa audiência deve voltar a identificar-se com os nossos carros. Mas, de momento, a F1 é demasiado complexa e falta-lhe o som…».
Mostrando a sua preocupação com os caminhos futuros do seu desporto, Vettel também falou do domínio da Mercedes, embora não lhe atribua grandes culpas… «Claro que o domínio exercido pela Mercedes nos últimos dois anos fez baixar o entusiasmo dos fãs, mas o problema está nas regras que se focam muito nos detalhes. Temos de ter cuidado para não perdermos as raízes do desporto automóvel e espero que os futuros F1 recuperem esse espírito mais simples».
A quatro dias da apresentação do seu monolugar para a próxima temporada – o Ferrari de 2016 será mostrado, no site da marca, às 13 horas portuguesas da próxima 6.ª feira –, Sebastian Vettel mantém um discurso cauteloso quanto à nova época: «Não é segredo que ainda não estamos onde queremos e que há áreas onde ainda temos de melhorar. O nosso conjunto não era suficiente para nos aproximarmos dos Mercedes, mas estamos a trabalhar para isso e penso que vamos na direcção certa».