«Conspiração!», acusou Bernie Ecclestone, ao sabe de uma reunião que juntou Toto Wolff e Niki Lauda, da Mercedes, com Sergio Marchionne, da Ferrari, realizada em Barcelona. O objectivo seria, obviamente, arranjar forma de o afastar da liderança da F1. Os supostos «conspiradores» desmentiram de imediato a ideia. «Estou satisfeito com o lugar em que me encontro», garantiu Wolff.
Isso não evita, contudo, que Toto Wolff se mostre muito crítico em relação a Ecclestone, considerando mesmo que o seu tempo como «dono» da F1 deveria acabar: «Há alguém que pode pensar que é imortal e que o seu rendimento é sempre o mesmo. Mas as pessoas devem perceber que têm uma grande responsabilidade para com o desporto e que há que pensar de forma adequada o seu futuro».
O director da Mercedes reconhece a crucial importância de Ecclestone no desenvolvimento da Fórmula 1, dando-lhe todo o mérito: «Ele é muito eficiente e inteligente. E foi um líder inspirador para este desporto que engrandeceu e tornou global. Merece esse reconhecimento e não sou eu que terei agora de lhe dizer como se comportar…».
Mas Wolff não perdoa as recentes «barracas» de Bernie Ecclestone e o mal que têm feito à imagem da Fórmula 1… «Se o Bernie diz que não compraria um bilhete para ver uma corrida de F1, o diagnóstico não é nada positivo para a disciplina! Como chefe deves ser previsível para os teus empregados e todos os que estão envolvidos no negócio. A irracionalidade e a emoção excessiva não têm lugar… Os tempos mudaram e vivemos num mundo digital em que, quando se pronunciam frases como aquelas, as coisas só podem correr mal».
Dito isto, em que Wolff dificilmente poderia ser mais claro quanto à opinião de que o «prazo de validade» de Ecclestone à frente da Fórmula 1 está a terminar, resta saber se… há ou não conspiração!