Toto Wolff, director desportivo da Mercedes, considera que há mais «contras» que «prós» na possibilidade de a marca alemã fornecer motores à Red Bull. «Na perspectiva da nossa equipa, é um acordo que não deveria ser feito», disse, na cerimónia em que, em representação da equipa campeã do Mundo, recebeu o troféu Lorenzo Bandini, em Itália.
E explicou o seu raciocínio: «O nosso carro e o nosso sucesso são resultado de trabalho duro e de um enorme investimento da Daimler [empresa-mãe da Mercedes]. Fomos nós que construímos a nossa supremacia, enquanto agora há uma equipa que decide que já não quer prosseguir com os seus parceiros. É uma filosofia diferente da nossa».
Apesar de a Mercedes, enquanto empresa, parece ver lados positivos numa possível parceria com a Red Bull, em especial em termos de imagem de marca, Wolff põe um travão no entusiasmo das perspectivas da equipa austríaca: «Para já nada sucedeu porque não olhamos tanto para os benefícios de um eventual acordo, mas mais para os argumentos negativos que ele poderá ter para a nossa equipa».
Se a Mercedes não estiver pelos ajustes, a Red Bull apenas se poderá virar para a Ferrari, caso o divórcio com a Renault se concretize já em 2016. O que só se saberá quando a marca francesa anunciar os seus planos, eventualmente durante o fim-de-semana de Monza. Mas corre até o rumor de que a Mercedes estaria disposta a motorizar a Manor (actualmente com motores Ferrari), abrindo assim um lugar para rodar o seu jovem piloto Pascal Wehrlein.