A Fórmula 1 está extremamente exposta a ataques cibernéticos e é até surpreendente como ainda não houve problemas com «hackers» a entrarem nos computadores das equipas ou até nos inúmeros sensores dos monolugares. Quem o diz é Sergueï Beloussov, líder da empresa Acronis que patrocina a Toro Rosso, especialista na protecção de dados informáticos e que diz não ter dúvida que um ataque de pirataria informática à F1… é uma questão de tempo!
«Fiquei surpreendido por a F1 não levar mais a sério a protecção contra os ciber ataques. Percebo que não seja um alvo prioritário neste momento, mas poderá tornar-se no futuro», alertou Beloussov, numa entrevista ao veterano jornalista britânico James Allen. Com um «timing» no mínimo curioso, logo quando há uma polémica de ciber ataques entre os Estados Unidos e a Rússia e na «véspera» de ser uma empresa norte-americana a tomar conta dos destinos da F1…
«Sinceramente, tenho um bom conhecimento em segurança informática e posso garantir que todo o mundo é um alvo. Se pegar no caso da nossa empresa, todos os dias nos confrontamos com casos de ciber ataques e o mesmo se passa com a Microsoft ou a Google», assume aquele empresário russo, doutorado em Física.
E deixa o alerta: «Na F1 seria relativamente fácil de piratear os sensores dos carros. Técnica e mecanicamente vejo muito bem como se poderia fazê-lo. E até fico surpreendido como nenhum pirata o tentou ainda fazer… Penso que as equipas de Fórmula 1deveriam estar mais preocupadas em defender as suas redes e os seus sistemas, o que não é o caso actualmente», concluiu Beloussov.