Com a chegada, ao princípio da manhã de hoje, do material que voou directamente do G.P. do Canadá (nomeadamente os carros), a «construção» do G.P. da Europa em Baku, na primeira visita da Fórmula 1 ao Azerbaijão, avança à velocidade máxima. Mas estas duas corridas em fins-de-semana seguidos e tão distantes geograficamente obrigaram a uma enorme e bem coordenada operação logística.
As primeiras toneladas de equipamento já tinham chegado há alguns dias a Baku por via… marítima. Estamos a falar de material que as equipas têm em duplicado, como as estruturas das garagens ou dos muros das «boxes» e que tinham sido despachadas por barco desde Sochi, após o G.P. da Rússia. Agora, juntou-se todo o material que viajou desde Montreal.
Porque, no domingo, mal a corrida acabou, iniciou-se uma corrida contra-relógio, com os mecânicos a desmontarem tudo e a arrumarem toneladas de material dentro dos respectivos contentores. Um trabalho que demora cerca de seis horas, sendo depois os contentores carregados por enormes empilhadores nos camiões que os levaram ao aeroporto. A urgência era óbvia: além de, em Baku, serem oito horas mais tarde que em Montreal, ainda haveria um voo de mais de uma dezena de horas pela frente…
À chegada ao aeroporto de Baku, a cerca de 20 quilómetros da cidade onde se realizará a corrida, as formalidades alfandegárias estavam extremamente facilitadas para não haver qualquer perda de tempo. E, assim, todo o material se pôde juntar já hoje de manhã não só ao que já chegara por via marítima mas também ao das equipas de GP2 que seguiu por terra, logo após o G.P. do Mónaco.
Mas, para as equipas, a preparação da estreia da F1 em Baku começou muito antes. «Em Dezembro enviámos uma equipa ao Azerbeijão numa missão de reconhecimento, para conhecer os caminhos do hotel para o circuito, antecipar eventuais problemas e preparar um horário detalhado para todo o fim-de-semana do Grande Prémio», conta Franco Massaro, coordenador da Force India. «A preparação concreta da prova começou há cerca de dois meses, quando embalámos o primeiro material para Baku, onde teremos uma equipa antecipadamente para ir preparando as nossas ‘boxes’».
«Tivemos o nosso coordenador de viagens em Baku há seis meses para verificar tudo e conhecer os hotéis», contou Günther Steiner, director da equipa Haas. «A pista ainda não estava pronta, pelo que não pudemos inspeccioná-la. Mas sei que outras equipas foram lá ver as ‘boxes’ e o nosso responsável pela logística pediu-lhes informações. Na pista pode haver competição mas, nestas coisas, as equipas ajudam-se porque todos queremos proporcionar um bom espectáculo. Por fim, os nossos técnicos tentam obter o máximo de informações possível da FIA no que respeita ao desenho da pista e à sua superfície».
E assim, com muita preparação e uma gigantesca operação logística sempre coordenada pela Formula One Management, se consegue ter corridas em fins-de-semana seguidos em pontos tão distintos do Globo, como o Canadá e o Azerbaijão!