O actor Al Pacino foi presença notada na grelha do G.P. do Canadá, entre a parada de estrelas que Bernie Ecclestone faz questão que compareçam em cada corrida, para abrilhantar a festa. Este não foi, contudo, o primeiro contacto do fabuloso actor com o mundo da Fórmula 1, tendo mesmo sido… protagonista.
Já quase passaram quatro décadas sobre a estreia de um filme produzido e realizado pelo consagrado Sydney Pollack que colocou Al Pacino no «cockpit» de um Brabham, como um temível e calculista piloto norte-americano que dominava a F1. O seu nome era «Bobby Deerfield» que era o título do filme em inglês e que estreou em Portugal, em 1977, com o nome «Um Momento, Uma Vida».
O mundo competitivo do frio Deerfield é abalado quando conhece Lillian Morelli (interpretada por Marthe Keller), uma suíça a lutar contra o tempo, por uma doença terminal. Pelo meio da trama, Al Pacino tem de fazer algumas corridas de Fórmula 1, filmadas com alguma mestria. Em cenas onde, entre outros, contracenam Jackie Stewart e o então «apenas-proprietário» da Brabham, Bernie Ecclestone.
Resta dizer que, nessas filmagens, o «duplo» de Al Pacino ao volante do famoso Brabham-Martini foi o próprio José Carlos Pace, o piloto brasileiro que corria com aquele carro e que até tinha algumas semelhanças fisionómicas com o actor americano. Infelizmente, Pace viria a falecer pouco depois da estreia do filme, num acidente com um avião privado. Em sua homenagem, a cidade de S. Paulo baptizou, em 1985, a pista de Interlagos, onde se realiza o G.P. do Brasil, como Autódromo José Carlos Pace.