O arranque para o último G.P. da Grã-Bretanha, atrás do «safety car» devido às condições da posta, com muita água, deixou muita gente frustrada. Inclusive Lewis Hamilton, concordando que para si tinha sido excelente, mostrou-se contra a decisão por achar que o elemento risco faz parte da F1 e que os fãs tinham ficado sem uma parte importante do espectáculo.
Agora foi Alain Prost a declarar-se contra o arranque atrás do «safety car», embora com uma opinião equilibrada que merece ser conhecida: «É verdade que é um pouco a F1 actual, mas eu próprio me senti algo frustrado… Percebe-se que estes carros são demasiado complicados de pilotar à chuva e esse é um primeiro problema que é preciso perceber. Por outro lado, o ‘safety car’ esteve demasiadas voltas em pista [cinco]».
O tetracampeão do Mundo lança até uma ideia: «Devíamos talvez imaginar um novo regulamento para casos semelhantes. Talvez fazer uma ou duas voltas atrás do ‘safety car’ para a pista perder um pouco da água mas, depois, fazer uma partida normal, da grelha».
Prost, contudo, mostra-se compreensivo para com os problema com que os pilotos têm de lidar e desiludido com o «politicamente correcto» que vai imperando na F1: «Por um lado vemos que, naquelas condições, estes carros fazem muito ‘acquaplaning’. Por outro, estamos numa sociedade em que não podemos correr o mínimo de riscos… É uma pena e um pouco frustrante para os fãs».