Com a instalação das equipas nas respectivas «boxes», a recta da meta do circuito de Albert Park, em Melbourne, começa a fica mais limpa das dezenas de enormes contentores que transportaram, literalmente, a Fórmula 1 desde a Europa. Cerca de 700 toneladas de material por via aérea, a juntar-se às cerca de 350 toneladas que já tinham sido despachadas, há alguns meses, por via marítima!
Agora, é montar todas as estruturas das «boxes», antes da instalação dos mais sofisticados equipamentos e da montagem final dos monolugares, alguns dos quais aparecerão com importantes novidades, face ao que foi visto nos testes de Barcelona. Tudo está já a acelerar para o primeiro Grande Prémio do ano, como vai sendo da tradição, na Austrália.
Mas a transformação dos arruamentos do parque na zona central de Melbourne em pista de Fórmula 1 é um trabalho que começa muitos meses antes, totalizando 290 mil horas de trabalho! Embora o edifício que acolhe as «boxes» seja uma construção permanente, há uma enorme quantidade de adaptações a fazer para que o traçado de Albert Park possa acolher uma prova de Fórmula 1.
Por exemplo, há que montar 34 km de vedação temporária que impede que, no caso de um acidente grave, um carro ou peças de dimensões média/grande saltem para zonas onde está o público. Também é preciso montar as bancadas provisórias que recebem 38 mil cadeiras de plástico, sendo ainda erguidos 34 mil metros quadrados de tendas para venda de «merchandising», restaurantes para o público ou estruturas de apoio para as equipas e gigantescos meios televisivos.
É quase uma pequena cidade que nasce naquele grande parque da cidade australiana, além de uma cuidada inspecção ao traçado, ao estado do asfalto e a correcta colocação dos correctores. Um enorme trabalho que acaba por compensar a economia local que consegue gerar receitas avultadas nesta semana de Fórmula 1!