Quais são, então, as alterações que as equipas pretendem introduzir nos monolugares de F1 e quais as suas posições antes da votação de hoje na Comissão de F1? Resumidamente, as mudanças com que todos parecem concordar são:
– Adopção de motores mais potentes, pelo menos com 1000 cv, face os cerca de 850 cv actuais.
– Pneus traseiros mais largos.
– Carros mais largos, deixando os 1800 mm e voltando à largura máxima de 2000 mm usada até 1997, ano em que Jacques Villeneuve foi campeão com o Williams (foto).
– Asa traseira mais baixa e maior apoio aerodinâmico.
Até aqui, todos concordam, bem como no facto de os grupos propulsores mais potentes – que se manterão os V6 1.6 turbo híbridos – serem apenas para 2017. A partir daqui, há discordâncias várias…
Motores
A Mercedes defende que para atingir maior potência bastará acabar com o limite actualmente em vigor de 100 kg/h no débito de combustível. A Red Bull receia que isso obrigue a profundas alterações no desenho das câmaras de combustão dos motores, o que implicaria custos muito elevados para a Renault, contrapropondo que as alterações sejam feitas apenas ao nível da cabeça do motor, válvulas, etc. E consta que a Ferrari chegou a avançar com uma proposta para trocar as mecânicas por V8 1.9 turbo híbridos, rapidamente retirada por se aperceber que, neste momento, o departamento de motores da Mercedes é muito superior e que nova alteração levaria… a novo e maior desequilíbrio.
Largura dos carros
Por vontade da Red Bull, os monolugares de Fórmula 1 tornavam-se mais largos já no próximo ano… mas a Mercedes prefere esperar por 2017. Por um lado, esta vontade de mudança é vista como uma tentativa da Red Bull de lançar mais um dado novo no «jogo» para tentar recuperar o atraso que a separa da Mercedes. O argumento da marca alemã para contrariar a equipa austríaca é que seria melhor levar a cabo uma consulta para perceber exactamente se é isso que os fãs esperam da F1, em especial os mais novos. Porque há o receio de se estar a fazer com que os monolugares se pareçam demasiado com os dos anos 90, quando os fãs mais jovens podem querer outra coisa bem diferente. Além disso, defende a Mercedes, alteração tão profunda já em 2016 levaria a grande redução no desenvolvimento dos carros deste ano, numa altura em que o Mundial ainda nem começou…
Pneus mais largos
A vontade da Red Bull de ter carros com 2 m de largura já em 2016 implicaria também ter os pneus traseiros mais largos, mas também aí há argumento forte para adiar essa introdução para 2017: é nesse ano que entrará em vigor novo contrato de fornecimento de pneus, pois o actual da Pirelli termina em finais de 2016. Fará, portanto, mais sentido operar tão grande modificação com o novo fornecedor, mesmo que se mantenha a Pirelli. E, nessa altura, a F1 até poderá trocar as actuais rodas de 13 polegadas pelas jantes de 18 polegadas já testadas no ano passado, ou até mesmo de 20 polegadas.
Como se pode ver, embora concordando nas linhas gerais das alterações a introduzir, os interesses próprios fazem com que Mercedes e Red Bull divirjam totalmente no «timing» da entrada em vigor. Daí o interesse da votação de hoje da Comissão de F1 que implicará, necessariamente, uma sempre interessante «contagem de espingardas». Sendo que, convém não esquecer, a Mercedes é quem mais motores fornece actualmente, com mais três equipas do seu lado…
– Adopção de motores mais potentes, pelo menos com 1000 cv, face os cerca de 850 cv actuais.
– Pneus traseiros mais largos.
– Carros mais largos, deixando os 1800 mm e voltando à largura máxima de 2000 mm usada até 1997, ano em que Jacques Villeneuve foi campeão com o Williams (foto).
– Asa traseira mais baixa e maior apoio aerodinâmico.
Até aqui, todos concordam, bem como no facto de os grupos propulsores mais potentes – que se manterão os V6 1.6 turbo híbridos – serem apenas para 2017. A partir daqui, há discordâncias várias…
Motores
A Mercedes defende que para atingir maior potência bastará acabar com o limite actualmente em vigor de 100 kg/h no débito de combustível. A Red Bull receia que isso obrigue a profundas alterações no desenho das câmaras de combustão dos motores, o que implicaria custos muito elevados para a Renault, contrapropondo que as alterações sejam feitas apenas ao nível da cabeça do motor, válvulas, etc. E consta que a Ferrari chegou a avançar com uma proposta para trocar as mecânicas por V8 1.9 turbo híbridos, rapidamente retirada por se aperceber que, neste momento, o departamento de motores da Mercedes é muito superior e que nova alteração levaria… a novo e maior desequilíbrio.
Largura dos carros
Por vontade da Red Bull, os monolugares de Fórmula 1 tornavam-se mais largos já no próximo ano… mas a Mercedes prefere esperar por 2017. Por um lado, esta vontade de mudança é vista como uma tentativa da Red Bull de lançar mais um dado novo no «jogo» para tentar recuperar o atraso que a separa da Mercedes. O argumento da marca alemã para contrariar a equipa austríaca é que seria melhor levar a cabo uma consulta para perceber exactamente se é isso que os fãs esperam da F1, em especial os mais novos. Porque há o receio de se estar a fazer com que os monolugares se pareçam demasiado com os dos anos 90, quando os fãs mais jovens podem querer outra coisa bem diferente. Além disso, defende a Mercedes, alteração tão profunda já em 2016 levaria a grande redução no desenvolvimento dos carros deste ano, numa altura em que o Mundial ainda nem começou…
Pneus mais largos
A vontade da Red Bull de ter carros com 2 m de largura já em 2016 implicaria também ter os pneus traseiros mais largos, mas também aí há argumento forte para adiar essa introdução para 2017: é nesse ano que entrará em vigor novo contrato de fornecimento de pneus, pois o actual da Pirelli termina em finais de 2016. Fará, portanto, mais sentido operar tão grande modificação com o novo fornecedor, mesmo que se mantenha a Pirelli. E, nessa altura, a F1 até poderá trocar as actuais rodas de 13 polegadas pelas jantes de 18 polegadas já testadas no ano passado, ou até mesmo de 20 polegadas.
Como se pode ver, embora concordando nas linhas gerais das alterações a introduzir, os interesses próprios fazem com que Mercedes e Red Bull divirjam totalmente no «timing» da entrada em vigor. Daí o interesse da votação de hoje da Comissão de F1 que implicará, necessariamente, uma sempre interessante «contagem de espingardas». Sendo que, convém não esquecer, a Mercedes é quem mais motores fornece actualmente, com mais três equipas do seu lado…