Os ganhos aerodinâmicos dos carros de 2017 são verdadeiramente inacreditáveis, segundo o que o responsável técnico da Williams, Pat Symonds, tem vindo a aprender com o projecto e testes em túnel de vento do carro do próximo ano. «Leio diariamente os relatórios dos testes e só me pergunto ‘uau, como é que conseguimos ir buscar todo este apoio aerodinâmico?!», contou Symonds à revista britânica «Autosport».
Com os novos regulamentos a permitirem asas mais largas tanto à frente como atrás, além de pneus mais largos – a imagem que apresentamos é de um Williams de 2017 imaginado pelo «designer» Andries van Overbeeke –, o apoio aerodinâmico não só será muito mais elevado como a aderência também será maior. Na busca de tempos por volta bastante mais baixos.
No entanto, apesar de os resultados que tem obtido nos testes o estarem a surpreender todos os dias, Pat Symonds não se deixa deslumbrar e lembra que não tem forma de saber se a sua equipa estará ou não a fazer um bom trabalho… «Todas as semanas o túnel de vento nos dá sinais de evoluções aerodinâmicas, mas não acredito que estejamos sozinhos… Estou certo que actualmente isso estará a suceder em onze túneis de vento por essa Europa, por isso não temos de forma se saber».
E explicou: «Normalmente temos objectivos a atingir em termos aerodinâmicos mas, em relação ao próximo ano, não sabemos que objectivos são esses… Podemos ter um desejo, uma aspiração ou algo semelhante, mas um objectivo só depois do primeiro teste e de vermos onde os outros estão».
É verdade que, em relação aos carros de 2017, se fala muito das evoluções aerodinâmicas, mas aquele responsável da Williams chama a atenção de que não é só nessa área que as equipas têm de trabalhar. Muitas outras coisas vão mudar radicalmente. «Uma das coisas com que teremos de lidar é o comportamento do carro com estes novos pneus da Pirelli e não será fácil. Teremos de alterar a geometria das suspensões e também fazer condutas de arrefecimento dos travões totalmente novas». Que, por sua vez, têm influência na parte aerodinâmica do monolugar porque, num F1, tudo anda ligado!