Um banco mal moldado terá sido a causa dos problemas na zona inferior das costas que impediram Valtteri Bottas de participar no G.P. da Austrália. O finlandês refugiou-se na Indonésia com o preparador físico e um fisioterapeuta, tentando recuperar a tempo do G.P. da Malásia e terá de se sujeitar, esta quinta-feira, a novos testes – cumprir o tempo mínimo para sair do carro e dobrar os joelhos ao peito no apertado «cockpit» – antes de ser autorizado a correr em Sepang. Tal como Fernando Alonso…
A moldagem do banco de um monolugar, em especial de um F1, é um processo mais ou menos banal mas que exige grande rigor. Um processo que demora mais de meio-dia, em que o piloto fica sentado num saco cheio de um granulado de polistireno, até que o material se molde na perfeição ao seu corpo, seguindo-se um processo de endurecimento desse molde. Qualquer irregularidade ou imperfeição pode causar, pelas violentas forças G’s a que os pilotos se sujeitam, dolorosas cãibras ou outras lesões nas costas.
Quem revelou a origem do problema de Bottas foi o seu compatriota Mika Hakkinen que recordou ao jornal finlandês «Ilta-Sanomat»: «Na minha carreira utilizei muitas ‘bacquets’ e cada uma era ligeiramente diferente das outras. Não é fácil moldar um banco em que nos sintamos totalmente à vontade», acrescentou o bicampeão do Mundo e que é um dos responsáveis da carreira de Bottas. Resta saber se, na Malásia, a Williams terá condições de moldar com maior rigor um novo banco para Bottas.