Ross Brawn vê na possibilidade de recuperação das suspensões activas uma solução rápida para resolver o problema das ultrapassagens. O vice-presidente do que há-de ser o Formula One Group – a entidade que tomará conta da F1 –, com responsabilidades para supervisionar as partes técnica e desportiva, quer tornar possíveis as manobras de ultrapassagens, mas sem exagerar nos meios artificiais como o DRS.
«O ideal é que as ultrapassagens sejam possíveis, mas que não sejam manobras fáceis, que exijam grande empenhamento e coragem por parte dos pilotos», comentou Brawn à revista germânica «Auto Motor und Sport». A solução terá de passar por simplificar a aerodinâmica, de forma a permitir que os carros consigam andar mais «solados» uns aos outros, mas o problema é que, agora, aprovados estes novos regulamentos, não se poderá mexer no conceito base até 2020.
«A longo prazo teremos de garantir que as asas não podem criar tanta turbulência, mas precisamos de outras ideias a curto prazo», explicou Ross Brawn, antes de explicar a sua ideia: «O problema em seguir o carro da frente é que é muito difícil manter o equilíbrio. Isso poderia, no entanto, ser conseguido se o carro estivesse equipado com uma suspensão activa». Que tem a capacidade de manter a altura ao solo constante e de reagir de forma instantânea, anulando qualquer instabilidade repentina.
O último ano em que as suspensões activas foram usadas na Fórmula 1 foi em 1993, época dominada pelo Williams/Renault FW15C, com Alain Prost a garantir o seu quarto título mundial. Na altura, quem liderava o departamento que tratava daquele dispositivo na equipa Williams era um tal de… Paddy Lowe que este ano regressou à escuderia de Grove! Para o ano seguinte a FIA baniu as suspensões activas.