Que a época tem corrido particularmente mal à McLaren não é segredo para ninguém, nem é preciso ser um especialista em Fórmula 1 para o perceber. Por outro lado, que a Force India é das escuderias mais eficazes do pelotão, em termos de resultados alcançados face aos meios de que dispõe, também é um facto quase unanimemente aceite. Mas quando isto é traduzido em números que colocam tudo preto-no-branco, a dimensão do falhanço e do sucesso torna-se muito mais visível.
Foi o trabalho a que a agência de «marketing» desportivo «Business & Sport» se propôs, procurando saber quanto tinha custado cada ponto até agora averbado por cada equipa, ao fim de oito provas. Um trabalho só possível de realizar após o G.P. do Azerbaijão, pois só aí, com os primeiros pontos da McLaren, todas as equipas passaram a ter dados contabilizáveis. Depois, foi aplicar os orçamentos estimados de cada equipa e chegar a conclusões muito concretas.
Para a McLaren, os dois pontos somados por Fernando Alonso têm um valor elevadíssimo, 225,85 milhões de euros, ou seja, quase 123 vezes mais que cada ponto somado pela Force India, a um «preço unitário» de 1,84 milhões de euros. O mais baixo preço por ponto não está directamente relacionado com o orçamento reduzido, pois até se pode gastar muito por ano e manter um valor «baixo», na condição de se marcarem muitos pontos!
São os casos da Mercedes e Ferrari, as equipas que mais dinheiro gastam na Fórmula 1 mas que, ao somarem muitos pontos (250 e 226, respectivamente), conseguem baixar o preço de cada um para 1,98 e 2,09 milhões. Estes valores exorbitantes irão, obviamente, baixar à medida que o campeonato for avançando, pois o valor investido tido como ponto de partida para estes cálculos mantém-se o mesmo, enquanto o total de pontos irá aumentar.
Será até natural que Mercedes e Ferrari acabem a temporada com os pontos… «mais baratos» de todas as equipas. Mas este estudo não deixa de evidenciar o magnífico trabalho feito nestes início de temporada por parte da Force India!