Os responsáveis comerciais da Fórmula 1 confirmaram que o calendário do próximo ano terá 21 corridas – com os regressos da França e Alemanha e a saída da Malásia –, mas querem que o Mundial tenha mais provas por ano, a partir de 2019. «Queremos ir além das 21 corridas e ser mais pró-activos em termos dos mercados onde queremos ir», referiu Sean Bratches, vice-presidente da Liberty Media para a parte comercial, ao site Motorsport. «Mas queremos fazê-lo em parceria com as nossas equipas».
A prioridade é recuperar algumas provas europeias que já foram tradicionais no Mundial de F1, mas também reforçar a presença nos Estados Unidos, América Latina e Ásia. «Tenho um estudo do impacto económico para perceber o que a F1 pode levar a cada cidade, a cada país. Vamos agora identificar o que será o calendário ideal e as regiões ideais para começarmos a falar com as autoridades locais apresentando as nossas propostas, em vez de sermos apenas reactivos às ofertas que nos vão chegando».
As equipas sempre disseram que fazer mais que 21 corridas por ano seria um exagero e um pesadelo logístico em termos de recursos humanos. E quando se falou num Mundial de 25 corridas, Fernando Alonso disse logo que se retiraria nesse dia… Uma das ideias para tornar menos cansativa uma época com mais corrida é acabar com as provas em fins-de-semana consecutivos.
Mas isso só se consegue reduzindo a pausa dos meses de Inverno ou acabando com a paragem de três semanas no Verão… «Gostaríamos de colocar as provas por blocos geográficos, mas isso não é fácil por questões que têm que ver com o clima mas também com os contratos já em vigor», referiu Bratches
Por outro lado, fazer um calendário com mais provas será uma gigantesca dor de cabeça, depois da reunião realizada no Mónaco, em que Jean Todt, presidente da FIA, convocou responsáveis de diversas competições: Ross Brawn pela F1, Alejandro Agag pela Fórmula E e Gerard Neveu pelo Mundial de Resistência. A ideia era procurar que não houvesse coincidências de datas entre as provas destas competições, o que Brawn também já se comprometeu com o responsável da Dorna, que organiza o Mundial de MotoGP…
Um «puzzle» quase impossível, em especial se se aumentar o número de Grandes Prémios, mas Ross Brawn chama a atenção para um fim-de-semana em particular, no próximo ano, como exemplo de algo que não beneficia ninguém: «A final do torneio de ténis de Wimbledon e a final do Mundial de futebol realizam-se no mesmo dia do G.P. da Grã-Bretanha. Talvez não fosse má ideia mudar a data da corrida de Silverstone…».