O incêndio que deflagrou subitamente no Renault de Kevin Magnussen, no início do primeiro treino livre para o G.P. da Malásia e a forma ultra rápida como o dinamarquês teve de saltar do habitáculo do seu monolugar veio reabrir a discussão… em torno da estrutura em halo que a FIA continua a estudar. Teria Magnussen saído com a mesma rapidez (cerca de três segundos) com o halo montado no Renault?...
«Nunca andei com o halo, portanto talvez não seja a melhor pessoa para responder a essa questão», reconheceu Magnussen, embora tenha uma opinião quando sabe que outros pilotos se queixaram que é muito difícil sair do carro em menos de cinco segundos. «Isso é demasiado tempo! Se o carro estiver a arder não queremos demorar cinco segundos. Mas é uma questão interessante…», disse, depois de contar que saltou do carro assim que viu fumo e ainda antes de receber a mensagem da equipa, via rádio, para abandonar o «cockpit»! «Apenas senti o calor».
O tempo de saída do carro em caso de um incidente grave – e o fogo é algo quase esquecido na Fórmula 1 actual, mas cujo perigo continua à espreita – foi um dos alertas feitos por pilotos que já experimentaram a estrutura que supostamente os deverá proteger. Um dos maiores críticos foi Sergio Perez que desvalorizou totalmente a influência da estrutura na visibilidade para salientar os problemas que ela pode colocar numa rápida extracção do habitáculo.
Na Malásia, curiosamente, o mexicano foi o único a experimentar o halo, ao contrário do que sucedeu nas três provas realizadas após a pausa de Verão, sempre com diversas equipas a testar aquela solução. Mas se a FIA insistiu com as equipas para continuarem a ensaiar a estrutura, de forma a recolher dados para uma eventual adopção em 2018, hoje ficou aqui com mais um caso a estudar. E, na verdade, se se tratar de um fogo súbito e intenso como foi o caso, o halo não só dificultará uma «saída-relâmpago» do piloto, como complicará e muito a sua extracção caso não esteja consciente…