É uma das imagens fortes e inesperadas do G.P. de Singapura, a de um comissário de pista a correr… à frente do pelotão de Fórmula 1 e ao lado do Mercedes de Nico Rosberg! A pista tinha sido dada como limpa dos destroços do Force India de Hulkenberg, após a colisão à partida, e o «safety car» voltou à «box» para a corrida ser reiniciada mas ali estava ainda um comissário!
«Não foi um experiência agradável, ver alguém a correr pela pista quando ali chegamos quase a 300 km/h» contou Rosberg. «Tentei contorná-lo em segurança, mas foi arrepiante porque acho que ele nem nos viu chegar. E também perdi algum tempo…». Os dedos acusadores viraram-se, obviamente, para a direcção de corrida, por ter recomeçado a prova ainda com comissários em pista!
No final, contudo, a direcção de prova veio esclarecer que todos os procedimentos obrigatórios da FIA tinham sido cumpridos, mas que se tinha sobreposto uma falha. Em concreto, a direcção de prova só «liberta» a corrida depois de receber por três vezes a instrução «track clear» (pista limpa), o que significa que não há nem destroços nem comissários.
Foi depois de receber esta instrução e de dar ordens ao «safety car» para regressar à «box» que um responsável da pista disse ao comissário para apanhar algo que tinha ficado esquecido. E foi assim que o pobre comissário se viu apanhado naquela situação potencialmente muito perigosa e que a direcção de corrida assegura tudo ir fazer para que não volte a suceder…
Dando outra perspectiva ao assunto, Toto Wolff, director da Mercedes, considerou o incidente como «muito perigoso», mas não deixou de recordar que a direcção de corrida apenas procurara fazer o que as equipas lhe tinham pedido: «Conseguiram recomeçar a corrida bastante depressa e foi isso que lhes pedimos, para não passarmos tempos intermináveis atrás do ‘safety car’. Talvez isso tenha provocado aquela situação, são coisas que acontecem e ainda bem que ninguém se magoou».