A limitação a três motores por ano, para cada piloto, poderá ser uma das propostas avançadas pelos construtores para baixar os custos da F1, obrigando assim a utilizar menos materiais exóticos e dispendiosos. Os construtores têm debatido formas de baixar os custos da Fórmula 1 e têm de apresentar propostas que a FIA considere viáveis até 15 de Janeiro. Se falharem esse «deadline», a federação fica livre de avançar com as suas ideias para a redução dos gastos…
Ao que se sabe, de momento há três grandes propostas em cima da mesa, por parte dos quatro construtores de motores: a redução de quatro para três do número de motores a usar em cada temporada por cada piloto (sete corridas por motor…); «congelar» o desenvolvimento de componentes que os construtores considerem ter já atingido a sua «maturidade», evitando gastar mais dinheiro na sua evolução; definir uma lista de componentes – que poderá até incluir os sistemas de recuperação de energia cinética (MGU-K) e térmica (MGU-H) – de um único fornecedor, mantendo total liberdade noutros componentes do sistema híbrido.
Mercedes, Renault e Ferrari terão mesmo chegado a propor o abandono do caro sistema MGU-H – que aproveita o calor gerado pelo turbo para a produção de energia eléctrica –, mas esbarraram na oposição da Honda que defendeu que só está na F1 para desenvolver o seu «know how» dos sistemas híbridos.
Por outro lado, o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, voltou a «crucificar» a ideia avançada por Todt e Ecclestone dos motores convencionais a baixo preço, apelando até ao cumprimento do recente… Tratado de Paris! «Depois de tudo o que foi feito para reduzir as emissões, quando ouvimos falar do regresso de motores não-híbridos é quase ofensivo e seria um passo atrás! O mundo, com as escolhas feitas em Paris, deu um passo em frente e por isso também a F1 terá de se adaptar».
Resta saber se a FIA considerará as propostas, a apresentar até 15 de Janeiro, credíveis e suficientes para a redução de custos que pretende implantar. Propostas que, refira-se, apenas entrarão em vigor, caso sejam aceites, em 2017.