Com a confirmação de Nico Hulkenberg, as peças do «puzzle» do pelotão de 2017 do Mundial de Fórmula 1 continuam a mexer-se, embora ainda numa «dança» que prossegue à… música dos rumores.
Uma coisa parece certa e até assumida: a Force India foi totalmente apanhada de surpresa pela saída de Hulkenberg! «Não esperávamos, nem percebemos como sucedeu…», reconheceu Bob Fernley, director-adjunto da equipa. «Por isso foi o próprio Vijay a tomar a decisão, porque no Japão não havia qualquer proposta pelo Nico… Mas agora vamos demorar o nosso tempo para escolher outro piloto, pois temos as corridas dos Estados Unidos e do México e só quando voltarmos a Inglaterra iremos discutir o que fazer».
A tal «música dos rumores» diz, contudo, que já vai havendo negociações tanto com Pascal Wehrlein como com Kevin Magnussen que vê como muito improvável a sua continuação na Renault. «Havendo agora um lugar disponível na Force India, o que não esperava, é claro que estamos em conversações com eles», revelou o próprio Wehrlein este fim-de-semana, aos «media» alemães, na última jornada do DTM. Consta, contudo, que também passou a ter a concorrência de Magnussen que, no entanto, não tem a vantagem de ter o apoio da Mercedes…
O dinamarquês já terá percebido que a Renault está a fazer força para ter Valtteri Bottas ao lado de Nico Hulkenberg em 2017. «Porque não poderá a nossa equipa ter dois líderes», interrogava Frédéric Vasseur, director da escuderia francesa, ao mesmo tempo que largava um «mas ao que sei Bottas tem mais um ano de contrato com a Williams». Também Hulkenberg tinha com a Force India…
A verdade é que, prevendo qualquer situação, parecem estar mesmo a decorrer conversações entre a Williams e Felipe Nasr. Embora possam não passar de simples formalidades. «Temos tido alguns contactos, é verdade, mas não há nenhuma decisão e teremos de ser pacientes», revelou o brasileiro que assume, por outro lado, que não se importará nada de continuar na Williams.
Fora deste «puzzle» que parece todo interligado está Esteban Gutierrez e a sua continuação na Haas para 2017. A equipa norte-americana já fez saber que, atendendo à subida de forma do mexicano nas últimas provas, vai esperar as próximas corridas antes de tomar uma decisão. Pelo seu lado, Gutierrez resume a situação de forma enigmática: «Tudo era muito simples e fácil mas, normalmente, quando as coisas são simples e fáceis arranjamos sempre formas de as complicar. Há diversas partes envolvidas nas negociações e é complexo até todas se porem de acordo».
O que quer isto dizer?... Há quem o descodifique explicando que os fortes apoios mexicanos que Gutierrez leva podem ser vistos na carroçaria… dos Ferrari e que isso implica que ele guie para a equipa Haas que tem uma parceria técnica muito próxima com a Scuderia. Se for assim, é complicado, sem dúvida!