Nuvens negras pairam sobre a continuação do G.P. dos Estados Unidos na pista de Austin. Tudo porque o estado do Texas cortou fortemente o subsídio anual acordado com os promotores do Circuit of the Americas (COTA) para organizarem a corrida, podendo inviabilizar o pagamento anual que é devido à FOM de Bernie Ecclestone.
Resumindo a história, para a construção do COTA, o estado do Texas comprometeu-se a pagar 250 milhões de dólares durante dez anos e, de facto, pagou 25 milhões de dólares em cada um dos três primeiros anos. Mas, soube-se agora, este ano apenas pagou 19,5 milhões, o que se juntou ao decréscimo de público pela concorrência do G.P. do México e ainda ao péssimo tempo que se fez sentir para causar um enorme prejuízo aos promotores.
Aqueles 25 milhões de dólares anuais eram dados como compensação pelo dinheiro que o evento atraía, o que se traduzia num importante aumento dos impostos recolhidos pelo estado do Texas. Contudo, com a mudança de Governador registada no início deste ano, os cálculos foram refeitos utilizando outra metodologia que concluiu que os proveitos originados pelos Grande Prémio de F1 eram menores que inicialmente contabilizados, o que implicada que a compensação também deveria ser menor… Dai o corte sofrido já este ano.
Bernie Ecclestone não se mostra muito impressionado pelas notícias, sendo muito claro: «Se as condições mudaram, será difícil continuarmos a correr em Austin». Já um dos promotores, Bobby Epstein, não podia ser mais claro: «Para usar um termo técnico, acho que estamos tramados!». Um porta-voz do COTA não afastou a hipótese de recurso à Justiça para reverter a decisão do Governador: «Um complexo inteiro foi construído com base nesse acordo. Se o cálculo agora foi alterado, também mudou os termos desse acordo».