Hoje, antes da largada para o G.P. da Hungria, haverá uma singela homenagem para recordar Jules Bianchi, o piloto francês de 25 anos falecido há cerca de uma semana, depois de nove meses em coma, na sequência do acidente sofrido no G.P. do Japão do ano passado. Todos os carros e pilotos transportam autocolantes a recordar o malogrado piloto e será, certamente, um momento de grande comoção, em especial o minuto de silêncio antes da largada.
Verdadeiramente arrepiantes são os novos dados revelados por estes dias ainda relativos ao embate do Marussia do piloto francês na grua que, na altura, tentava retirar um Sauber da escapatória da pista de Suzuka e que mostram que era praticamente impossível Bianchi ter sobrevivido… Por exemplo, o impacto final na sua cabeça foi de… 254 G, quando se considera que os limites para o corpo humano se situam entre os 60 e os 80 G (cabeça)!
É, pelo menos, o que a revista alemã «Auto Motor und Sport» concluiu das palavras de Andy Mellor, vice-presidente da Comissão de Segurança da FIA: «Foi como se o carro caísse de uma altura de 48 metros para o chão e sem zona de deformação». O Marussia saiu da pista a 213 km/h e bateu na grua, 2,61 s depois, a 126 km/h, num impacto de 58,8 G. Mas o problema é que se meteu debaixo da grua num ângulo de 55º.
«O Marussia ao meter-se debaixo da grua, esta funcionou como um travão, com uma desaceleração abrupta pelo contacto director entre o capacete e a grua. Nunca tínhamos visto algo assim antes!», revelou Mellor. A força do impacto na cabeça de Bianchi foi equivalente a 1400 kg! De facto, através destes dados conseguimos perceber a violência do embate e a impossibilidade de qualquer recuperação. O que só serve para dar ainda mais valor à épica batalha que, mesmo em coma, Jules Bianchi travou pela própria vida. Só por isso seria merecedor desta e de mais homenagens!