Alterações às regras desportivas decididas antes da corrida norte-americana, tomadas por Charlie Whiting para resolver problemas que têm surgido em corridas recentes. A saber: queixas de alguns pilotos em relação às manobras defensivas de Max Verstappen que desvia o carro já na fase de travagem; e os problemas repetidos nas dobragens dos pilotos mais lentos, sempre com muitas mensagens-rádio a reclamar…
Em relação à primeira, Whiting reuniu-se com os pilotos e não terá sido um encontro pacífico, com muitos dedos apontados a Verstappen… O holandês confidenciou que nem terá dito nada, apenas terá ficado a ouvir, divertido. No final, a FIA emitiu um comunicado com a decisão: «Qualquer mudança de direcção na fase de travagem que obrigue outo piloto a realizar uma manobra de ‘evasão’, será considerada como anormal e, em consequência, perigosa para os outros pilotos. Todas essas manobras serão comunicadas aos Comissários Desportivos». Que aplicarão as penalizações previstas em casos de condução considerada perigosa.
A regra que chegou, humoristicamente, a ser apelidada «regra Verstappen, mereceu comentário à altura por parte do piloto holandês: «Não irei alterar o meu estilo de pilotagem e até é bom que tenham feito uma regra para clarificar as coisas. Até acho que é positivo, poderá tornar as coisas mais positivas e aumentar o número e a facilidade das ultrapassagens».
Quanto às dobragens, a coisa vai tornar-se bastante mais complexa, aumentando muito a quantidade de avisos aos pilotos mais lentos, além das habituais bandeiras azuis, já a partir da corrida de hoje. A FIA comunicou às equipas que os pilotos que estiverem prestes a ser dobrados serão avisados antes ainda de verem bandeiras azuis.
«A partir de agora o sistema emitirá um aviso quando o carro mais rápido estiver a menos de três segundos do carro que irá dobrar. Este aviso deverá ser usado pela equipa desse carro para avisar o seu piloto que deverá estar preparado para deixar passar o carro mais rápido e que deverá considerar isso como uma prioridade».
Mais uma decisão que, no papel, parece fazer todo o sentido mas que, na prática, tem tudo para provocar mais uma enorme confusão. Basta imaginar uma situação em que vários carros da frente cheguem a um «comboio» que lute pelas últimas posições, a quantidade de mensagens que andarão «pelos ares» entre pilotos que, no fundo, também estão a lutar por lugares…