Era incontornável e, após a alegria da comemoração da vitória e dos jogos do champanhe, Nico Rosberg não passou ao lado do que verdadeiramente marca estes dias: «Foi um grande fim-de-semana, embora tenhamos de o relativizar atendendo a tudo o que se passou em Paris…».
O alemão resumiu a sua corrida: «Foi um grande duelo com o Lewis, mas consegui controlar, foi bom ter alguma superioridade e acabar com um bom avanço no final. Tive sempre um bom ritmo de corrida e tive apenas de me preocupar em controlar o ritmo para limitar a degradação dos pneus dianteiros. Estávamos a tentar parar só duas vezes, mas tivemos de mudar de estratégia quando vimos a degradação dos pneus do Lewis…».
«Ser 2.º no Mundial é melhor que ser 3.º, mas o que quero mesmo é vencer!», respondeu o alemão quando lhe perguntaram se estava satisfeito por ter assegurado o vice-campeonato e explicou que nada se alterou para este repentino «ressurgimento» com duas vitórias seguidas: «Não tenho grande explicação, não houve alteração nenhuma, não estou a fazer nada de diferente, mas infelizmente este pico de forma veio tarde demais na época…».
Felicitando o colega de equipa pelo bom trabalho feito, Lewis Hamilton resumiu rapidamente o que o impediu de conseguir a tão desejada vitória na terra do seu ídolo de infância, Ayrton Senna: «Foi o mesmo que sucedeu no ano passado, não fiz o trabalho na qualificação e na corrida não se consegue ultrapassar. E o Nico fez magnífico trabalho. Os pneus desgastavam-se rapidamente e acho que danifiquei o chão do carro ao passar sobre um corrector...».
E o tricampeão foi mais específico: «Esta é uma pista fantástica, mas não se consegue chegar suficientemente perto do carro da frente para o passar, a não ser que a diferença de velocidade seja enorme. Por isso acabou por ser uma corrida relativamente aborrecida porque não conseguia atacar o Nico que tem estado a guiar muito bem ultimamente, sem cometer erros».
Aborrecido foi também o dia de Sebastian Vettel, segundo o próprio… «No geral foi uma boa corrida, mas pouco excitante, andei na ‘terra de ninguém’, sem lutar com outros pilotos. É sempre chato quando se anda sozinho…». O alemão disse-se, contudo, satisfeito com o que viu: «Acho que estivemos mais perto dos Mercedes aqui que noutras corridas e mais à frente do resto do pelotão, embora as comparações sejam sempre delicadas porque todas as pistas são diferentes».
O que deixa Vettel esperançado: «No geral acho que melhorámos bastante e, se continuarmos assim, vamos estar bem mais próximos no próximo ano! Durante o Inverno todos podemos melhorar e é isso que esperamos fazer. Queremos apanhá-los, mas claro que não temos nenhuma garantia. Só posso prometer que vamos trabalhar a fundo para o conseguir!». Quase a terminar a sua primeira época com a Scuderia, Vettel não tem dúvidas: «Só o facto de estar a ter um enorme prazer de trabalhar nesta equipa e de a Ferrari ser um centro de paixão faz com que não me arrependa de nada e da opção que tomei!».