O facto de as equipas não terem chegado a qualquer acordo quanto à redução dos custos dos motores de Fórmula 1 levou Bernie Ecclestone a voltar à carga quanto ao chamado propulsor «low cost» e contra os actuais grupos propulsores híbridos com que embirra desde a primeira hora. «Enquanto não tivermos um motor que seja concebido a um preço mais baixo teremos sempre problemas pela frente», disse, taxativo, à «BBC Sports», acusando ainda a Mercedes e Ferrari de controlarem a F1.
Enquanto os quatro construtores envolvidos na F1 – Mercedes, Ferrari, Renault e Honda – apoiam convictamente os actuais motores híbridos, pelas consequências que o seu desenvolvimento tem na evolução dos carros do dia-a-dia, Ecclestone sempre se mostrou contra a tecnologia introduzida em 2014. Não só porque o elevado custo destes motores põe em causa a sobrevivência das pequenas equipas mas, acima de tudo, porque considera que os construtores passaram a ter demasiada influência na F1. Pelo menos para o seu gosto…
«Se tivermos uma reunião da Comissão de F1 e a Mercedes e Ferrari decidirem algo em comum, o que sucede muitas vezes, têm votos suficientes para impedir qualquer alteração, logo são eles que controlam a F1», comentou Ecclestone. «E sinceramente, se estivesse na posição deles, faria exactamente a mesma coisa».
No caso de os construtores não chegarem a acordo, numa última reunião marcada para os dias de testes de Barcelona – algumas fontes falam em 23 de Fevereiro, outras em 25 –, quanto à redução dos custos dos motores, Todt e Ecclestone ficam automaticamente com «carta-branca» para decidirem o que acharem melhor para o futuro da F1. E, aí, o tema dos motores independentes poderá voltar a surgir!