Bernie Ecclestone nunca faz as coisas de forma suave e também não foi de «meias palavras» quando se referiu ao grande problema que a F1 atravessa actualmente: um alegado «arranjinho» entre a Mercedes e a Ferrari para manterem um «status quo» que não permita que terceiras equipas os incomodem numa luta que se resumirá a duas equipas. E Ecclestone dá mesmo a entender haver um pacto entre as duas, o que não deixa de ser uma acusação grave!
O «senhor F1» parte da decisão da marca de Estugarda em recusar os seus motores à Red Bull, optando por fornecer a Manor, começando até com uma deselegância face à pequena escuderia: «Se os dessem à Red Bull pelo menos teriam a garantia de que veriam o seu dinheiro de volta…». Mas acrescentou: «A Mercedes tomou essa opção porque se recusa a dar-nos o que reclamamos para os fãs da F1: concorrência!».
A partir daqui, Ecclestone entrou… em «roda livre»: «Penso até que há um acordo entre eles e a Ferrari. Diria que são irmãos siameses! São inseparáveis! Não sei se é verdade, mas é o que me dizem. São felizes assim e, portanto, estão no mesmo navio». Mas «Mr. E» vai ainda mais longe na alegada cumplicidade Mercedes/Ferrari! «A Mercedes deu até uma boa ajuda à Scuderia no plano técnico, ao dispensar diversos técnicos há alguns meses, imediatamente recrutados pela Ferrari, foi isso que lhes permitiu recuperar o seu atraso».
Como teoria da conspiração não está mal… Só é estranho que venha, uma vez mais, de quem tem como missão salvaguardar os interesses e a imagem da Fórmula 1! Mas Ecclestone parece muito seguro do futuro da F1 que, diz, «nunca colapsará, mesmo que tivesse perdido a Red Bull e a Lotus». E revela: «Ficamos contentes que amabas tenham ficado. Demos algum apoio financeiro à Renault para que pudessem comprar a Lotus e continuar a fornecer a Red Bull com motores, o que não deixa de ser estranho como uma empresa tão grande como a Renault necessita disso…».