A limitação dos orçamentos das equipas de Fórmula 1 pode voltar à ordem do dia, por vontade dos futuros novos donos dos direitos comerciais da disciplina, os americanos da Liberty Media, que assim pretenderiam reduzir as enormes diferenças existentes entre as onze equipas do pelotão.
Este, já se sabe, é um tema pouco consensual que já uma vez foi tentado e não conseguiu reunir o acordo das equipas. Porque as maiores estão pouco interessadas na busca de um «mínimo denominador comum» em nome da maior competitividade, sacrificando as enormes vantagens que os grandes orçamentos lhes dão…
O diário britânico «The Telegraph», que adiantou a notícia, citou uma fonte anónima da Liberty Media que explicava aquela decisão: «Não faz sentido que as equipas gastem 400 milhões de dólares, é uma verba que não traz benefícios aos fãs da F1, é apenas um desperdício em tecnologia». Colocando um tecto máximo para os orçamentos das equipas, a consequência seria um imediato nivelamento competitivo.
Em termos ideais, poderia até permitir que uma equipa mais pequena pudesse lutar pelos primeiros lugares. «É uma situação que não faz sentido e que criou duas categorias dentro da competição, em função do que as equipas gastam. Deve haver oportunidades para que também as equipas com menores meios possam lutar pelas vitórias».
Esta fonte da Liberty adiantou que todos estão conscientes da dificuldade de levar avante esta proposta e que só o conseguirão negociando com as equipas. Mas, para isso, outra tarefa ainda mais difícil tem de ser levada a cabo primeiro… «O mais importante a fazer é mudar a cultura actual da Fórmula 1! Neste momento ninguém confia em ninguém…».