Chase Carey começa a mostrar a sua perspicácia no controlo do negócio da Fórmula 1… A Liberty Media insiste que deseja a participação das equipas no capital do Formula One Group, a empresa que vai controlar os direitos comerciais da F1, dando-lhes até lugar na direcção… mas sem direito a voto!
Desde o início que a Liberty Media assumiu que gostaria de ter as equipas de F1 entre os accionistas do desporto. Agora que tem o caminho aberto para prosseguir o caminho para a tomada de controlo total da Fórmula 1 – falta apenas uma votação dos seus próprios accionistas, a 17 de Janeiro –, a Liberty Media terá proposto às equipa ficarem com 20% do Formula One Group por cerca de 800 milhões de dólares. O prazo para a decisão é o final de Janeiro.
As equipas podem, assim, ficar intimamente ligadas ao chorudo negócio da F1, recebendo também dividendos, além dos prémios estabelecidos, mas com uma condição: embora integrem a direcção do Formula One Group não terão direito de voto nem poderão influenciar directamente a gestão da F1…
Nos poucos meses em que acompanhou por dentro a Fórmula 1, Chase Carey percebeu de imediato que serem os intervenientes dos Grandes Prémios a decidirem e a votarem as alterações das regras é um dos principais problemas da disciplina. E que é isso que acaba por paralisar todas as tomadas de decisão, levando por vezes a compromissos verdadeiramente… incompreensíveis pelo grande público!
Assim, assuntos como a distribuição dos dividendos, a nomeação do presidente da companhia, as estratégias comerciais ou de marketing ou até a alteração de regras não serão sujeitas a votação por parte dos responsáveis das equipas. Estes apenas terão um papel de consultores, podendo dar as suas opiniões que não serão, contudo, vinculativas. Talvez assim as decisões sejam mais rápidas e facilmente compreensíveis…