Os Mundiais de Fórmula 1 e de MotoGP têm, este ano, oito provas no mesmo fim-de-semana – sucedeu nas duas primeiras corridas de cada campeonato… – e isso é algo que terá de ser alterado. Daí a reunião, em Barcelona, entre Ross Brawn, agora vice-presidente de Liberty Media para a parte técnica e desportiva da F1, e Carmelo Ezpeleta, director executivo da Dorna que toma conta da disciplina máxima do motociclismo de velocidade.
Uma das seis «coincidências» que ainda faltam será a última prova de MotoGP, em Valência, no mesmo fim-de-semana do G.P. do Brasil de F1… «Não é uma situação inteligente», referiu Brawn à agência «Reuters», ao revelar a sua reunião com Ezpeleta para «tentarmos aprender com o que cada um de nós está a fazer».
«Não será fácil conjugar todas as datas e certamente que não conseguiremos tudo aquilo que queremos, mas pelo menos estamos a dialogar para tentarmos encontrar uma solução», acrescentou Brawn que se afirmou admirador da estrutura das provas de MotoGP: «Gosto daquele esquema de meritocracia entre o Moto3, Moto2 e MotoGP, bem como da forma como tratam as equipas privadas».
E fez um paralelo com a F1: «Devíamos ter os 22 ou 24 melhores pilotos do Mundo na F1, mas há constrangimentos comerciais que levam a que isso nem sempre suceda… Teríamos de arranjar forma de deixar as equipas numa posição em que não tivessem de escolher os pilotos por motivos comerciais mas apenas de contratar os melhores que houvesse no mercado».
Estaria Brawn a referir-se a uma mais justa repartição dos dinheiros da F1 pelas escuderias?! «Não vai haver nenhuma revolução na F1 em que, de repente, tudo se torna maravilhoso», avisou. «Será um evoluir progressivo, sem mudanças bruscas que seriam arriscadas». Nem mesmo no formato dos Grandes Prémios que, tudo o indica, sem manterá inalterado no próximos anos