A Fórmula 1 está a «encaixar» mais dinheiro que nunca, com as contas do Formula One Group – a empresa da Liberty Media que detém a F1 – relativas ao segundo trimestre a revelarem receitas totais de 616 milhões de dólares (cerca de 524 milhões de euros), mais 3% que em igual período do ano passado. Os resultados operacionais, contudo, caíram de 90 para 45 milhões de dólares (38 milhões de euros), devido ao aumento da despesa, nomeadamente com eventos como o «F1 Live in London» que antecedeu o G.P. da Grã-Bretanha.
«Acabámos de passar o meio da temporada e a afluência aos Grandes Prémios, a audiência televisiva e a adesão às redes sociais aumentaram», regozijou-se Chase Carey, o já carismático presidente executivo da Fórmula 1. «Estamos agora a desenvolver um plano estratégico de três a cinco anos para tentarmos melhorar a relação com os fãs, o que acabará por ter resultados positivos no nosso negócio, a longo prazo».
Ao mesmo tempo, Carey garantiu que a F1 já eliminou uma dívida de mil milhões de dólares (850 milhões de euros), embora não tenha esclarecido exactamente como isso foi feito. Sabe-se que houve uma venda de 12,9 milhões de acções – em que nenhuma equipa terá participado, ao que se sabe… – que rendeu 330 milhões de euros, a que se seguiu uma renegociação da restante dívida.
No fundo, a dívida ainda existe mas foi substancialmente reduzida com o auxílio das nossas conhecidas agências de «rating»… «Os efeitos combinados destas acções permitirão reduzir as despesas anuais com a dívida até cerca de 90 milhões de dólares [76,5 milhões de euros], o que nos permitirá avançar mais rapidamente», revelou Carey.
O responsável da Liberty Media avisou, contudo, que as despesas aumentarão nos tempos mais próximos, pois a sua equipa não está ainda completa, sendo necessário contratar mais gente, nomeadamente dirigentes de topo. «A nossa empresa deverá ter entre 70 e 75 pessoas, já contratámos os principais directores mas ainda não temos a equipa completa. Ainda não temos uma verdadeira plataforma digital, portanto há ainda investimentos a fazer», explicou Carey que promete novidades, a este propósito, para os próximos meses, com o anúncio de novos parceiros.
O próprio Carey está particularmente interessado em que o negócio da F1 corra o melhor possível, pois disso está dependente… o seu salário! Foi o que confirmou o patrão da Liberty, Greg Maffei: «Parte substancial da compensação do Chase está relacionada com o desempenho e directamente ligada à ‘performance’ operacional da F1 ou ao comportamento em bolsa do F1 Group»…