Mais transmissões pagas, mais patrocinadores, mais corridas e… jogo à volta da Fórmula 1! Esta é a receita da Liberty Media para o crescimento da F1 enquanto negócio, segundo revelou o seu presidente executivo, Greg Maffei. O homem logo abaixo de John Malone, o dono do império que passou a controlar a F1, apresentou-se… e às suas ideias.
Enquanto o presidente do Formula One Group, Chase Carey, trabalhará directamente com Bernie Ecclestone nos assuntos, digamos, do dia-a-dia, ou seja, nos contratos com equipas, organizadores, promotores e patrocinadores já estabelecidos, Greg Maffei tentará estabelecer ligações entre a F1 e outros negócios controlados pela Liberty Media, de forma a alargar os horizontes da disciplina.
Foi nessa perspectiva que deixou algumas ideias quanto aos caminhos que pretende percorrer para, segundo diz, «expandir o negócio». E os direitos televisivos são logo um dos primeiros alvos, desejando aumentar as receitas por aí, confiando na experiência de Chasey (que vem da 21st Century Fox), para apostar ainda mais nas transmissões pagas. Um caminho perigoso, com se tem visto nalguns países ultimamente…
Outro ponto em que Maffei quer atacar e avança com um exemplo elucidativo é no dos patrocínios directos à Fórmula 1. E explica: «Neste momento a F1 tem, salvo erro, 17 patrocinadores e três pessoas a tratar desse campo. Só para dar um exemplo, na Liga Nacional de Basebol que conheço bem [a Liberty Media é proprietária da equipa Atlanta Braves] temos 75 patrocinadores só nos EUA! Portanto temos de alargar o número de ‘sponsors’!».
Também Maffei fala na possibilidade de aumentar o número de corridas. «Há a possibilidade de virmos a ter mais de 21 provas por ano e ter provas mais carismáticas. Há uma expansão mais óbvia a curto prazo para a Ásia e, potencialmente, para a América Latina, e a longo prazo para os Estados Unidos. Aqui é mais difícil, é algo que só resolveremos com tempo porque a F1 está muito subestimada, subavaliada… sub tudo!».
E é na ligação de todos estes factores que aparece a questão do digital. «É algo que é transversal a tudo isto e em que não foi feito qualquer esforço, o digital representa 1% das receitas. E há tanto para fazer por exemplo a nível dos jogos, da realidade virtual ou da realidade aumentada».
Mas, pelos vistos não é só nos jogos de consola ou computador que Maffei está a pensar… «Fora dos Estados Unidos há uma enorme oportunidade em tudo o que seja jogo à volta deste desporto e que não estamos a capitalizar. Há uma quantidade de formas em que o digital nos poderá ser útil neste aspecto, para capitalizarmos um futuro crescimento». Como se vê, a Liberty Media está mesmo com ideias novas para a promoção da Fórmula 1. Se irão melhorá-la ou não… teremos de esperar.