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G.P. da Bélgica – Hamilton lidera um quinteto «da corda»!

Lewis Hamilton confirmou a superioridade dos Mercedes no segundo treino livre do G.P. da Bélgica, ao fazer o melhor tempo mas… atenção, afinal a Ferrari e até a Red Bull parecem muito mais próximas do que se poderia depreender do que sucedeu no primeiro treino. Porque, desta vez, todos usaram os mesmos pneus ultramacios e os cinco primeiros ficaram em menos de meio segundo. O que é próximo para uma pista de sete quilómetros!

O avanço dos carros deste ano, mais os pneus supermacios, já mostraram do que estamos a falar: a «pole» de 2016 já lá vai por dois segundos; a melhor «pole» de sempre nesta versão do circuito inaugurada em 2007, feita por Webber em 2010, ficou para trás por um segundo; e o melhor tempo jamais registado nesta pista (1.44,5, por Jarno Trulli, em 2009, num Toyota) está… por um fio. Ou seja, não há dúvida de que estamos perante os mais rápidos F1 de sempre!

A abordagem agressiva da Pirelli nos pneus escolhidos para Spa não está a deixar a Mercedes tão à vontade como se pensaria. E se em velocidade pura os carros prateados poderão até nem ter grandes problemas na qualificação (não se esqueça, contudo, a habitual reacção da Scuderia aos sábados), já na corrida tudo poderá ser diferente. «O Sebastian [Vettel] teve uma simulação de corrida impressionante, como uma longa série de voltas em que foi o mais rápido de todos. Isto está mais equilibrado do que nós gostaríamos…», reconhecia Toto Wolff, director da Mercedes.

Os Ferrari parecem, de facto, bastante competitivos e estão a dar-se muito bem com os pneus supermacios que serão cruciais para a corrida, caso esta se dispute com piso seco. Já na Mercedes os pneus vermelhos sobreaquecem com facilidade, embora a equipa da estrela tenha outra arma: é muito rápida com os macios e escolheu mais um jogo de amarelos que a Ferrari…

Interessante foi a divisão de trabalho feita na Red Bull em busca do tal compromisso aerodinâmico, entre o apoio mínimo para velocidade máxima nos sectores 1 e 3 ou alguma incidências das asas que rouba quilómetros por hora mas permite curvar mais depressa no sector 2. Ricciardo usou a asa mais fina (e liderou a lista na medição das velocidades, com 311,7 km/h), Verstappen a que dava mais apoio e, aparentemente, a opção do holandês era a melhor. Mas o australiano perdeu algum tempo de treino com problemas de motor, pelo que só mesmo a análise da telemetria permitirá chegar a conclusões.

Numa sessão que «acabou» cerca de vinte minutos mais cedo pela chegada da já esperada chuva (ainda houve dois corajosos que foram experimentar o asfalto bem encharcado…), outros dados interessantes: a evolução anunciada pela Renault em relação ao seu motor parece ter dado bons resultados, pela marca conseguida por Hulkenberg e pelo bom treino de Palmer; boas indicações de Ocon (Force India) e de Sainz (Toro Rosso); e Alonso às portas do «top ten», o que é sempre notícia numa pista em que o motor conta tanto!

Este treino contou apenas com 19 pilotos, pois a Williams teve de montar um novo chassis para Felipe Massa, por o despiste da manhã ter afectado a monocoque. E nem houve grande «stress» na «box» da Williams pois, como recordou o delegado técnico Jo Bauer, os regulamentos impediam que o mesmo piloto rolasse com o segundo chassis, mesmo que terminassem a tempo a sua montagem, porque teria de ser verificado pelos comissários… Tempos da segunda sessão de treinos livres:

bel2

Amanhã, o dia começa às 10 horas de Portugal Continental e Madeira (menos uma nos Açores), com a terceira sessão de treinos livres, com a duração de uma hora. E sabe-se como a Ferrari costuma aparecer aos sábados numa forma bastante superior, depois de uma longa noite de trabalho no simulador de Maranello… O que pode prometer uma qualificação bem animada, a partir das 13 horas. Que, ainda por cima, pode ser afectada por aguaceiros, transformando-se numa autêntica lotaria! A não perder!

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