Daniel Ricciardo já o andava a prometer, que na Hungria é que os Red Bull se poderiam intrometer numa luta que tem sido, até aqui, reservada à Mercedes e Ferrari… e está a cumprir! Para já foi o mais rápido nos primeiros treinos livres, batendo Raikkonen (Ferrari) por 0,23 s e Hamilton (Mercedes) por 0,37 s em que, numa sessão interrompida por duas vezes.
Apesar das difíceis condições da pista, com pouca aderência, já se andou bastante depressa, como prova o facto de o tempo de Ricciardo estar já segundo e meio abaixo da «pole» de 2016! Com o aumento da borracha no asfalto e com as afinações de qualificação, é natural que os tempos baixem mais um segundo pelo menos…
Mas as boas notícias para o australiano da Red Bull não se ficaram por aí, numa manhã particularmente positiva: a fase final da sessão foi de longas séries de voltas com os pneus supermacios (teoricamente simulando o início de corrida) e o seu engenheiro disse-lhe que estava mais rápido que Hamilton e Raikkonen que faziam programas semelhantes. A juntar a tudo isto, dos doze primeiros só Ricciardo usou um único jogo de pneus supermacios (todos os outros usaram dois), embora tenha usado um dos três jogos de macios de que necessitará para a corrida.
É, obviamente, ainda muito cedo para se tirar conclusões, mas ter as três maiores equipas separadas por três décimos é sempre agradável e estimulante. Falta agora os outros três pilotos juntarem-se ao trio da frente, com destaque para Vettel que teve enormes dificuldades durante toda a sessão, com constantes queixas de que o seu Ferrari fugia muito de frente. E viu-se, tanto no pião que fez como na volta cronometrada que ficou estragada com uma saída demasiado larga ou na peça que perdeu num contacto com os altos correctores do Hungaroring…
Como Alonso esperava, pelo menos neste treino os McLaren foram os «melhores dos outros», com Vandoorne apenas 18 milésimos mais lento que o espanhol, apesar de um pião pelo meio. Seguiram-se os dois Renault, com Palmer a fazer uma excelente sessão, razoavelmente próximo de Hulkenberg, mas a estragar tudo no final com uma saída mais larga na rápida curva 4. Uma vez mais, os altos correctores fizeram estragos avultados no Renault, desintegrando a asa dianteira!
Este foi o motivo para a segunda bandeira vermelha da sessão. A primeira tinha sido mostrada quando Antonio Giovinazzi, a guiar o Haas de Kevin Magnussen, teve uma saída danificando o lado esquerdo do carro… Tempos dos treinos:
A partir das 13 horas de Portugal Continental e Madeira teremos a segunda sessão de treinos livres. Com os tempos a poderem baixar mais e, esperemos, com a confirmação de que o G.P. da Hungria será discutido entre três equipas!