Daniel Ricciardo continuou a liderar o pelotão da Fórmula 1 no segundo treino livre para o G.P. da Hungria, mostrando que os Red Bull estão, de facto, na luta pela vitória na última corrida antes das «tréguas» de Verão. Mesmo se o outro carro da equipa não parece tão equilibrado, com Max Verstappen a não conseguir andar ao mesmo nível do australiano. De qualquer forma, os seis pilotos das três equipas da frente ficaram separados por apenas meio segundo, o que promete!
Ricciardo tirou 31 milésimos ao seu tempo da primeira sessão e ficou a apenas 19 milésimos do recorde absoluto da pista do Hungaroring (1.18,436), estabelecido por Rubens Barrichello em 2004, na primeira qualificação… quando a «pole» era definida na segunda, em que Schumacher se superiorizou com um tempo mais lento. Convém, no entanto, chamar a atenção para… a 5.ª marca, pois Hamilton fez o seu tempo, 0,324 s mais lento, com pneus macios, já que não conseguiu melhorar com os supermacios.
Foi a segunda vez este ano que a Red Bull foi a mais rápida nos dois treinos de sexta-feira, a outra foi… no Azerbaijão, onde a vitória acabou por cair para o lado de Ricciardo após uma conturbada corrida. Será um sinal?!... «Estamos bem, estamos fortes. Já sabemos que na qualificação os Mercedes aparecem sempre mais potentes, por isso temos de arranjar mais alguns décimos para tentarmos poder jogar pela ‘pole’. Mas também nas séries longas parecemos bem», comentou Ricciardo.
Do lado da Ferrari as boas notícias foi a recuperação de Vettel face ao treino da manhã, muito mais rápido, enquanto Bottas ficava a apenas 18 milésimos. As três equipas parecem, de facto, num jogo muito equilibrado mas já se sabe que, dos treinos de hoje para a qualificação de amanhã, ainda há uma longa noite de trabalho, com várias horas de experimentação de novas afinações em simuladores que poderão levar a que uma delas (ou duas, ou… todas!) tire um «coelho da cartola»! Por outro lado, e num tom mais humorístico, se Hamilton ou Vettel forem supersticiosos, quererão apenas lutar pelo 2.º lugar na corrida: é que há 13 anos que quem vence o G.P. da Hungria… não é campeão do Mundo!
Esta foi uma sessão complicada para as equipas que pretendiam estudar o comportamento dos carros e pneus em condições de corrida, tendo a Pirelli já antecipado que a degradação das borrachas poderá ter forte influência no desenrolar da prova… Mas vários incidentes levaram a constantes mostragens de bandeiras amarelas e a duas interrupções, por saídas fortes de Pascal Wehrlein (Sauber) e de Jolyon Palmer que não está a facilitar-se a vida, numa altura em que é posta em causa a sua continuidade na Renault…
Em especial porque a equipa francesa precisa que o britânico pontue em Budapeste para subir dois lugares no Mundial, ou seja, para ganhar 7 pontos à Toro Rosso, embora tenha Nico Hulkenberg bem colocado, como «melhor dos outros», logo à frente do McLaren de Alonso. Os Force India voltam a mostrar dificuldades numa pista onde a equipa nunca foi feliz, enquanto os Haas se debatem com enormes problemas de estabilidade, com Magnussen a rodar muito pouco, pelo tempo que demorou a recuperação do seu carro do despiste de Giovinazzi no primeiro treino… Temos da segunda sessão:
Amanhã o programa começa pelas 10 horas de Portugal Continental e Madeira, com uma hora de treinos livres, seguindo-se a qualificação, a partir das 13 horas. Um treino particularmente importante porque as ultrapassagens não são fáceis na pista húngara, pelo que a posição na grelha de partida será determinante.
