Poderemos ter, este fim-de-semana, a primeira corrida à chuva? As previsões meteorológicas para a prova da Malásia nunca são fáceis nem à prova de erro, mas esta é uma altura do ano em que são frequentes as trovoadas e fortes bátegas de água, em especial durante a tarde. E as actuais previsões para Kuala Lumpur apontam precisamente para trovoadas e fortes aguaceiros ao longo dos três dias de Grande Prémio… O que deixa o responsável da Pirelli, Paul Hembery, algo preocupado.
É raro a chuva não fazer a sua aparição durante o G.P. da Malásia, mas a mais célebre carga de água será a de 2009 (na foto) que obrigou à interrupção da prova à 32.ª volta. Após 50 minutos de espera, sempre com a pista alagada e impraticável, a prova foi dada por terminada (vitória de Button, no Brawn), sendo atribuídos apenas metade dos pontos por ter sido cumprida menos de 75% da distância.
Ninguém espera que o mesmo suceda este ano, mas as previsões não são animadoras. Pode ter a vantagem de equilibrar o pelotão e proporcionar uma corrida mais disputada, mas causa grandes preocupações ao director desportivo da Pirelli, Paul Hembery, que já em Janeiro clamava por um teste com pista molhada, artificialmente se necessário fosse. «Sempre defendemos que devíamos testar os pneus de chuva pelo menos uma vez antes do início da época, há pistas como Paul Ricard ou Fiorano que são artificialmente inundáveis». Mas ainda não foi este ano que tal teste se concretizou, o que deixará pilotos e equipas um pouco «às cegas» no caso de terem de montar os pneus intermédios ou de chuva.
Entretanto, ainda a propósito do G.P. da Malásia, a sua 17.ª edição arrisca-se a ser a última, depois de os promotores e Ecclestone não conseguirem chegar a acordo quanto à prorrogação do contrato. O problema, como de costume, é a quantia pedida por «Mr. E.»… «Queremos apenas uma situação em que todos ganhem, mas há situações com que não estou satisfeito, embora gostasse de prolongar o contrato por mais três anos», referiu Mokhzani Mahathir, o director de Sepang que revelou que esse é o período por que foi prolongado o contrato de patrocínio da petrolífera estatal, a Petronas, à Mercedes…
