Os Mercedes começaram bem na frente o G.P. de Itália, com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas no topo da tabela dos tempos e com o britânico a liderar o Ferrari de Vettel por mais de um segundo. O que quer isso dizer? Bem, para já… nada de muito significativo! Claro que mostra que os Mercedes estão rápidos e que rapidamente colocaram a sua velocidade em evidência, mas quaisquer comparações serão prematuras, após uma sessão que até teve algumas intermitências de chuva ligeira.
Essencialmente as equipas trabalharam com cargas relativamente elevadas nos depósitos, não explorando ainda a velocidade pura dos seus carros em configuração de qualificação. Prova disso é que Hamilton ficou a quatro décimos da sua «pole» de há um ano (1.21,135 s), quando ainda há uma semana a «pole» de 2016 em Spa foi «esmagada» logo na sexta-feira… A não ser que… Há sempre a hipótese de as longas rectas de Monza fazerem com que, afinal, a vantagem dos carros de 2017 não ser tão grande para os de 2016 como foi em Spa.
De qualquer forma, um objectivo que nos delicia para a qualificação deste ano parece perfeitamente alcançável: os 1.19,525 conseguidos, em 2004, por Juan-Pablo Montoya, num Williams/BMW, e que ainda hoje é a volta mais rápida alguma vez conseguida numa pista de Fórmula 1, à média de 262 km/h! O circuito mantém-se igual, apesar dos novos correctores «salsicha» – umas avantajadas «salsichas» laranjas por dentro dos normais correctores – que evitam cortar demasiado as primeiras chicanes, mas o objectivo é realista. Afinal, é «só» tirar 1,7 s à «pole» do ano passado, o que tem sido fácil ao longo do ano…
A Ferrari esteve, claramente, a rodar e a recolher dados do funcionamento do seu SF70H (com a decoração comemorativa do 70.º aniversário da marca), sem forçar demasiado, mas percebe-se que tem muito maior potencial. Aliás, veremos todos os carros tornar-se bastante mais rápidos ao longo dos próximos treinos… desde que não chova.
A Red Bull confirmou aquilo que tínhamos avançado ontem, com trocas de componentes nos grupos de propulsores dos seus dois pilotos, o que lhes dará penalizações na grelha: 20 lugares para Ricciardo (quintos V6, turbo e MGU-H) e 15 para Verstappen (quintos V6 e MGU-H). Também Alonso vai montar um novo motor Honda completo (designado 3.7), que lhe dará 35 lugares de penalização.
Cinco dos seis motores Mercedes acabaram esta primeira sessão no «top ten», só faltando o jovem Stroll ainda a ambientar-se a uma velocidade desconhecida… Uma manhã em que houve alguns incidentes de menor importância, em especial quando ligeiros aguaceiros humedeceram algumas zonas da pista, mas sem nada de verdadeiramente grave. Ou seja, uma primeira sessão tranquila em que só na «box» da Renault parece haver alguns motivos de preocupação, com os dois carros num ritmo muito lento. E não é pelo motor, pois os Red Bull andam lá por cima… Tempos da primeira sessão de treinos livres:
A segunda sessão de treinos livres arrancará às 13 horas de Portugal Continental e Madeira, mas as perspectivas meteorológicas não são muito positivas. Ao ponto de algumas equipas até terem antecipado a utilização de jogos de pneus previstos para o treino da tarde… Esperemos que a chuva se guarde para mais tarde, pois estes carros ainda têm muito para evoluir e aquela marca de Montoya em 2004 é um alvo demasiado «apetitoso» para não o tentar bater!
