Os Red Bull continuam na frente em Singapura mas, no último treino livre, a Ferrari já deu um ar da sua graça, com Sebastian Vettel a ficar a apenas 79 milésimos de Max Verstappen. E o facto de Lewis Hamilton ter posto o Mercedes a 0,149 s da frente deixaria em aberto a perspectiva de uma sessão de qualificação escaldante! Esperemos que assim seja dentro de pouco mais de uma hora…
Mas a verdade é que foi uma sessão de que é complicado tirar conclusões, pois os tempos ficaram bastante longe – Verstappen fez mais um segundo – do Ricciardo conseguiu ontem. É verdade que na sessão nocturna a temperatura baixa, mas as condições deste treino até foram bastante «gentis» para o que os pilotos costumam enfrentar em Singapura, com algum calor (30 ºC) mas humidade invulgarmente baixa (57%).
Lá em cima ficou a faltar Daniel Ricciardo que, na derradeira tentativa de fazer uma volta rápida (e já tinha feito o melhor primeiro sector), deu um toque no muro à saída da curva 10 que tem sido crítica para a diversos pilotos: Vettel já aí tocou duas vezes este fim-de-semana. Mas conte-se com o australiano para uma qualificação em que, já se sabe, a Mercedes terá mais alguns cavalos para discutir a «pole», a Ferrari também embora em menos número e a Red Bull terá de confiar nos últimos acertos feitos no chassis.
Numa fase final da sessão particularmente «stressante» para quem ainda tinha muito que trabalhar nos carros, pois um despiste de Marcus Ericsson que partiu a asa traseira do Sauber roubou cerca de 9 minutos a um treino que já só tem uma hora. Notável foi a prestação dos McLaren, agora que se divorciaram da Honda! É verdade que aqui o motor conta menos, mas ainda assim é fundamental o elevado binário da parte eléctrica (aquela que tem dado mais dores de cabeça) para sair das curvas a 90 º… E nem é tanto o facto de Alonso e Vandoorne terem sido 4.º e 5.º, respectivamente, mas de terem ficado a pouco mais de meio segundo de Verstappen!
Registe-se que o holandês da Red Bull regressou às «boxes», mesmo no final do treino, a alertar a equipa de que a caixa estava a trocar mudanças sozinha… Tudo indica, contudo, não haver problema de maior e tratar-se de um caso típico de Singapura já verificado noutros anos: a interferência do campo magnético do metropolitano local que passa sob a pista e chega a afectar alguns circuitos electrónicos dos F1! As equipas tentam «blindar» os dispositivos mais sujeitos a interferências mas, em princípio, terá sido apenas isso que se passou…
Tempos do terceiro treino livre, em que as segundas figuras da Mercedes e Ferrari pareceram algo apagadas:
Este foi apenas o «ensaio geral». As verdadeiras emoções começam às 14 horas de Portugal Continental e Madeira, quando já for de noite e a iluminação artificial inundar a pista de Singapura, com a qualificação que decidirá uma «pole» crucial numa pista em que as ultrapassagens, não sendo «impossíveis» como no Mónaco, não são propriamente fáceis…