Sebastian Vettel arrancou na frente para o G.P. do Bahrain, com o seu Ferrari claramente mais rápido… mas com o outro, o de Raikkonen, na outra ponta da tabela dos tempos. Uma sessão disputada sob 37,8 ºC, em que todas as equipas começaram por usar os pneus médios da Pirelli – que já tinham estado na China mas ninguém utilizara… – para acumular quilómetros numa pista com pouca aderência.
Num treino marcado pelo regresso de Pascal Wehrlein ao volante do Sauber, depois de ter falhado dois Grandes Prémios, a Mercedes despachou rapidamente o trabalho que tinha a fazer e esteve grande parte da sessão parada, apesar de os seus pilotos até terem sido os que mais voltas realizaram. Não chegaram, contudo, a tentar fazer uma volta rápida, explicando-se assim as posições modestas que ocupavam no final.
Já Vettel não deixou de experimentar uma volta em ritmo mais veloz, embora nada que se assemelhe a uma tentativa de qualificação, até porque rodou com pneus macios, deixando os supermacios para a segunda sessão. Afinal, é essa que se realizará à hora da qualificação e não valia a pena estar a estragar esses pneus numa pista abrasadora (asfalto a 47,4 ºC), quando as condições mais logo, já depois do pôr-do-sol, serão totalmente distintas.
E a prova de que esta sessão foi usada mais para trabalhar para a corrida, nomeadamente estudar consumos e desgaste dos pneus médios e macios – mesmo se no Grande Prémio a temperatura estará um pouco mais baixa – é que o tempo de Vettel foi 0,4 mais lento do que Rosberg fez, há um ano, na primeira sessão de treinos livres. Quando estes carros já provaram serem muito mais rápidos… Ou seja, há ainda muito para evoluir!
Mas a Ferrari esteve no melhor e no pior, pois Kimi Raikkonen perdeu grande parte da sessão depois de ter ficado parado em pista ao ter de desligar o seu fumegante motor, devido ao sobreaquecimento na zona do turbo. O carro foi levado até à «box», onde os mecânicos começaram imediatamente a trabalhar, não se sabendo ainda se tiveram de trocar a unidade motriz.
Pouco depois foi a vez de Stoffel Vandoorne parar o McLaren/Honda, depois de uma fuga do líquido de refrigeração levar à falha do sistema de regeneração de energia e, em consequência, de toda a unidade motriz.
Felipe Massa também teve de abandonar a sessão a seis minutos do final, após uma saída de pista ao ficar sem travões no seu Williams, problema que já o tinha afectado na Austrália. A equipa chegou a avisar Lance Stroll para abandonar a volta rápida que estava a fazer, mas o jovem canadiano disse não estar a sentir qualquer problema e continuou até final.
Olhando para uma tabela de tempos que, a segunda sessão nos provará, pouco nos mostrará quanto ao equilíbrio de forças, os Red Bull parecem estar a seguir um bom caminho, enquanto o motor Mercedes poderá colocar Williams e Force India em boa posição. Tempos da primeira sessão de treinos livres:
A segunda sessão de treinos livres do G.P. do Bahrain, essa sim já com resultados significativos por «apanhar» a hora tanto da qualificação como da corrida, vai realizar-se entre as 16 e as 17.30 de Portugal Continental e Madeira.