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G.P. do Canadá – Raikkonen pôs Ferrari no topo do… festival de patinagem

A Ferrari volta a mostrar-se bastante competitiva e Kimi Raikkonen, a exemplo do que sucedeu há duas semanas no Mónaco, continua em forma, tendo sido o mais rápido no segundo treino livre do G.P. do Canadá. Uma sessão algo estranha, em que não só os tempos não desceram tanto quanto se esperava – o seu tempo ficou um décimo acima da «pole» de 2016, quando este ano vai sendo normal essa marca ser batida logo à 6.ª feira –, como houve um autêntico festival… de piões! E praticamente ninguém se pôde ficar a rir…

Nada de verdadeiramente novo nos lugares da frente, com os Ferrari e Mercedes bem misturados e apenas 0,375 s entre 1.º e 4.º… mas sempre com um carro vermelho à frente de um prateado. Pelos treinos de hoje não é de todo evidente que a Mercedes tenha encontrado a solução para os problemas que a deixavam vulnerável à maior competitividade do Ferrari, voltou inclusive a ver-se os seus pilotos a precisarem de duas voltas para colocarem os pneus à temperatura correcta, quando os da Scuderia no final da volta de lançamento estão prontos para fazer um tempo. Mas, verdade se diga, também não se pode concluir que os Mercedes continuem em desvantagem…

Na verdade, é complicado tirar grandes conclusões deste primeiro dia de treinos… Basta olhar para a tabela de tempos e ver como Max Verstappen colocou o seu Red Bull tão próximo do Mercedes de Bottas. Será essa diferença real? Foi pena não podermos avaliar o andamento de Daniel Ricciardo, mas um problema de motor obrigou-o a parar muito cedo, vindo também a estragar o treino de Verstappen a 15 minutos do final. A verdade é que o tempo do Red Bull é invulgarmente próximo do dos quatro carros da frente…

Mas, acima de tudo, esta sessão ficou marcada pelo invulgar número de piões. É verdade que sucede com frequência na pista canadiana mas, desta vez, foi um exagero! Por um lado, o forte vento que se fazia sentir e que conseguia desequilibrar os carros na sequência esquerda-direita após a meta, quando lhes acertava de lado: as «barbatanas de tubarão» sobre as tampas do motor tornam este F1 muito mais sensíveis aos ventos laterais…

Por outro lado, apareceram alguns problemas com os pneus, em especial com os ultramacios, com que as equipas terão de lidar. Uma pista fria (o asfalto andou pelos 27 ºC) provocou o fenómeno designado por «graining» – criam-se grãos de borracha na superfície do pneu e é como guiar… sobre berlindes – que reduz drasticamente a aderência. E sucedeu praticamente a todas as equipas, mesmo entre os homens da frente ninguém se ficou a rir…

Por fim, havia também quem comentasse que as pressões dos pneus poderiam estar demasiado elevadas, embora os valores preconizados pela Pirelli para este fim-de-semana – 20 psi à frente, 18,5 atrás – nem sejam dos mais elevados. Mas pode ser que a marca italiana os baixe para amanhã, podendo reduzir nos pneus traseiros até aos 17,5 psi.

No final de um dia complicado para todos os pilotos que lutaram muito com os seus carros, destaque para Fernando Alonso, no seu regresso à F1, depois da experiência na Indy500. De manhã só fez 13 voltas porque esteve uma hora à espera que conseguissem que o seu carro funcionasse e ficou logo parado com um problema hidráulico que obrigou à mudança do motor. O que o atrasou muito no segundo treino, sessão em que perdeu quase uma hora mais… Foi «a correr» para a pista, fez algumas voltas para se ambientar e, indiferente a ventos, «grainings» e pressões de ar, «arrancou» um magnífico 7.º tempo, a 1,3 s de Raikkonen! O que mostra a sua gana de andar depressa, prova a qualidade do chassis McLaren… mas volta a colocar dúvidas quanto ao andamento do quarteto da frente. Tempos da segunda sessão de treinos livres:

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Amanhã haverá ainda uma terceira sessão de treinos livres, com uma hora de duração, para conseguir os derradeiros acertos, com início às 15 horas de Portugal Continental e Madeira. A qualificação realiza-se a partir das 18 horas.

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