Se na Bélgica os quatro pilotos que experimentaram a estrutura em halo de protecção aos «cockpits» praticamente só fizeram elogios, agora em Monza dois dos três pilotos que a testaram apontaram alguns pontos a melhorar. E Sergio Perez foi o mais incisivo: a estrutura atrapalha na saída do habitáculo, o que pode ser complicado numa situação de emergência!
No primeiro dia de treinos, além de Perez (Force India), também Jenson Button (McLaren) e Max Verstappen (Red Bull) experimentaram o halo. Com a particularidade de ter sido a primeira vez que a McLaren montou aquele dispositivo no seu carro.
Todos concordaram que aquela estrutura necessita de ser ainda muito desenvolvida, mas é precisamente desse tipo de informações que a FIA anda à procura. «A entrada e saída do habitáculo têm de ser mais fáceis», apontou o holandês que, no entanto, disse ter gostado de experimentar o halo.
Já Sergio Perez mostrou-se surpreendido por a estrutura em nada ter afectado a visibilidade, mas alertou para outro problema: «Fiquei preocupado com o tempo que se demaora a sair do carro. São uns bons cinco segundos mais do que sem o halo. E isso deixa-me desconfortável, saber que estou sentado num carro em que demorarei mais cinco segundos a sair… Se estiver numa situação crítica, cinco segundos pode ser uma enormidade de tempo!».
Já Jenson Button começou por dizer não ter tido problemas de maior com o halo, mas reconheceu ter tido uma sensação estranha. «É um pouco esquisito, em especial quando vamos a 320 km/h e estamos a tentar focar-nos na curva seguinte, mas os olhos acabam sempre por fugir um pouco para aquela coisa que está parada ali à nossa frente…».
Embora sabendo que tudo será uma questão de hábito, Button apenas vê duas situações em que possa haver algum problema causado por esta estrutura de protecção: «Talvez com os semáforos da partida e as luzes dos ‘pitstops’ possa haver alguns problemas, mas há muitas possibilidades de alterar as coisas».
Quem não se mostra muito entusiasmado com o halo é Kevin Magnussen que não só não o testou como… não faz qualquer questão! «Todas as equipas o vão experimentar, não é? Mas se eu puder escolher, prefiro não o testar… Acho que nunca irá ser adoptado. Aliás, já o adiaram para aparecerem com uma outra solução, algo que seja melhor. Perceberam que podem fazer qualquer coisa melhor e agora estão só a ganhar tempo…».