Lewis Hamilton mudou do dia para a noite sem parar… no halo! Defensor inabalável dos «cockpits» abertos, reconhece agora que o futuro dos Fórmula 1 há-de passar, mais cedo ou mais tarde, por os ter totalmente fechados. Porque essa coisa do halo não vai resolver grande coisa…
O tricampeão do Mundo acha que a estrutura em halo – cuja adopção é hoje discutida no Grupo Estratégico da F1, em Genebra – não é suficientemente protectora, além de ser esteticamente horrível. Por isso só vê uma solução: «Chegaremos a uma altura em que os habitáculos serão totalmente fechados», diz.
«Pelo menos hão-de proteger-nos as cabeças a 100% e não apenas em 70% como sucede com o halo. É óbvio que não poderemos fazer com que este sistema nos proteja em diversas situações, com uma semelhante à que sucedeu ao Felipe [Massa], em 2009, em Budapeste, por exemplo», recordou Hamilton.
E recorda um dos acidentes fatais que provocou esta busca da protecção dos «cockpits» o de Justin Wilson nos IndyCars. «O halo não teria salvo o Justin porque ele foi atingido por um objecto vindo de cima e não de frente. Mas certamente que ainda estaria entre nós se o seu monolugar tivesse um ‘cockpit’ fechado. Não devemos ignorar esse problema e que o halo não salvará toda a gente. Mas mesmo que nos imponham um sistema pouco estético, há que aceitá-lo, pois é para a nossa segurança».
Ao longo destes últimos anos a Internet tem sido invadida por diversos desenhos e projectos de monolugares fechados, como o que mostramos acima. A questão volta a ser a que Toto Wolff colocou ao ver o dossier apresentado pela FIA sobre o halo: ninguém explica como se salva o piloto se o carro estiver a arder e de rodas para o ar…