Lewis Hamilton confirmou a enorme superioridade no G.P. da Hungria, com a sua 47.ª «pole position» deixando o colega de equipa, Nico Rosberg, a quase seis décimos de segundo em mais uma 1.ª linha da grelha monopolizada pelos Mercedes! Hamilton foi o mais rápido em todos os treinos livres e todas as três fases da qualificação, prometendo um «passeio» para a corrida de amanhã, caso consiga um bom arranque… contrariando o «karma» de quem parte da «pole»: nos últimos dez anos só uma vez venceu no Hugaroring, precisamente Hamilton!
A primeira parte do treino serviu para se perceber a grande diferença de andamento entre os pneus macios e os médios e nem os Mercedes arriscaram a pouparem os pneus mais rápidos, apenas a Red Bull o fez. Rosberg queixou-se do comportamento do seu Mercedes, chegando mesmo a pedir aos engenheiros para confirmarem se não havia nada de avariado no carro, mas acabou por ser apenas 0,08 s mais lento que Hamilton.
Entretanto, como Alonso desconfiava, os McLaren não conseguiram acompanhar o avanço das restantes equipas na qualificação e «afundaram-se». O espanhol ainda passou ao Q2 mas Button não o conseguiu por um décimo quando um problema com o sistema híbrido lhe roubou os cavalos extra de que necessitava em plena recta…
Mas, afinal, a qualificação não seria muito melhor para a Alonso que ficaria parado logo no início da segunda parte do treino, com um problema do motor, recebendo os aplausos da tarde pelo esforço feito, sob tremendo calor, a empurrar o carro até à sua «box»… embora mostrando algum desconhecimentos dos regulamentos, já que daquela forma nunca poderia voltar à pista! Rosberg voltou a queixar-se de que, apesar de aumentar o apoio na asa dianteira, a subviragem do Mercedes não lhe permitia aproximar-se dos tempos de Hamilton, embora os dois Mercedes continuassem na frente.
No campo das eliminações, os dois Force India ficaram de fora, apesar de terem voltado a rodar, resolvido o problema da suspensão traseira que os tinha deixado fora do segundo treino livre. A equipa não explicou o que sucedeu mas, atendendo a que, de repente, passaram a liderar a lista das velocidades máximas, é de especular que tivessem tanto apoio aerodinâmico que tornasse os carros rápidos nas curvas fechadas do Hungaroring mas que exercesse exagerada carga nos componentes da suspensão traseira...
Na fase decisiva, Hamilton foi sempre mais rápido e, na última tentativa, abriu uma vantagem enorme para Rosberg que nem merece discussão. Interessante foi a luta pelo… «melhor dos outros», com Daniel Ricciardo sempre a ameaçar os Ferrari conseguindo mesmo dividi-los e ficando apenas a 0,035 s de Vettel! E na corrida será piloto a ter em conta, até por ter sido o único a conseguir poupar um jogo extra de pneus macios. Quanto aos Williams, confirmou-se que, em circuitos lentos, não conseguem estar ao nível dos Ferrari.
Tempos da qualificação:
Lugar | Piloto | Carro | Tempo |
1.º | Lewis Hamilton | Mercedes | 1.22,020 |
2.º | Nico Rosberg | Mercedes | 1.22,595 |
3.º | Sebastian Vettel | Ferrari | 1.22,739 |
4.º | Daniel Ricciardo | Red Bull/Renault | 1.22,774 |
5.º | Kimi Raikkonen | Ferrari | 1.23,020 |
6.º | Valtteri Bottas | Williams/Mercedes | 1.23,222 |
7.º | Daniil Kvyat | Red Bull/Renault | 1.23,332 |
8.º | Felipe Massa | Williams/Mercedes | 1.23,537 |
9.º | Max Verstappen | Toro Rosso/Renault | 1.23,679 |
10.º | Romain Grosjean | Lotus/Mercedes | 1.24,181 |
11.º | Nico Hulkenberg | Force India/Mercedes | 1.23,826 |
12.º | Carlos Sainz | Toro Rosso/Renault | 1.23,869 |
13.º | Sergio Perez | Force India/Mercedes | 1.24,461 |
14.º | Pastor Maldonado | Lotus/Mercedes | 1.24,609 |
15.º | Fernando Alonso | McLaren/Honda | s/tempo |
16.º | Jenson Button | McLaren/Honda | 1.24,739 |
17.º | Marcus Ericsson | Sauber/Ferrari | 1.24,843 |
18.º | Felipe Nasr | Sauber/Ferrari | 1.24,997 |
19.º | Roberto Merhi | Manor Marussia/Ferrari | 1.27,416 |
20.º | Will Stevens | Manor Marussia/Ferrari | 1.27,949 |
Para a corrida esperam-se condições difíceis de calor, embora menos que na qualificação. A partida (às 13 horas de Portugal Continental) será crucial mas, apesar das dificuldades de ultrapassagem, prevê-se que duas paragens seja a estratégia de eleição, montando um jogo de pneus macios e, depois, um de médios para acabar a corrida.