A algumas horas do começo dos primeiros treinos livres da prova de abertura do Mundial de F1 de 2017, na Austrália – primeira sessão à 1 da manhã de Portugal Continental e Madeira –, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel continuavam a jogar… «ao empurra» quando se tratava de discutir o favoritismo para esta época. Ninguém quer abrir o jogo, pelo menos até à qualificação de sábado…
Sebastian Vettel foi o primeiro a atirar a pressão para cima de Hamilton, desvalorizando a mudança de regulamentos: «A Mercedes tem sido muito forte nos últimos três anos e, apesar de as regras terem mudado, se uma equipa é forte vai continuar a construir um bom carro. Acho que é bastante claro quem é o favorito… Nós apenas tentamos apanhá-los, teremos agora de ver se conseguimos e, com o evoluir da época, se podemos melhorar os nossos carros».
Ao que Hamilton retorquiu: «Vejo os Ferrari como os mais rápidos neste momento e são, definitivamente, os favoritos, mas tiraremos isso a limpo durante o fim-de-semana. É interessante ver o Sebastian que costuma estar sempre tão entusiasmado com o início da época e consigo perceber como está tão contido…», dizia o piloto da Mercedes a sorrir. «Mas o ritmo deles nos testes foi, obviamente, muito bom».
A primeira conferência do ano teve um ambiente de geral boa disposição, em que apenas Fernando Alonso destoava um pouco, por motivos óbvios: estava ao lado de Hamilton, Vettel e Ricciardo que, em princípio, poderão lutar pelas vitórias, enquanto o espanhol nem sabe se conseguirá terminar corridas… Mas ainda mostrou o seu humor corrosivo quando perguntaram aos quatro pilotos – este ano as conferências de 5.ª feira são dois quartetos durante 25 minutos, em vez de um sexteto durante meia-hora – o que acrescentariam a esta F1, agora que tem novos donos.
«Uma corrida em Las Vegas», disse Ricciardo. «Uma na Alemanha», disse Vettel. «Uma corrida em Miami seria fantástico», respondeu Hamilton que queria ainda mais mulheres no «paddock» e concordou com a sugestão de Vettel de motores V12. E Alonso? Arrancou uma gargalhada geral com uma proposta muito simples: «Motores iguais para todos!». «Acho que não concordo com essa…», respondeu-lhe Hamilton.