G.P. do Japão – Hamilton «empata» com Senna e volta à «normalidade»

Bastou um bom arranque e duas primeiras curvas bem… «musculadas» para Lewis Hamilton bater Nico Rosberg e mandar no G.P. do Japão, recolocando nos eixos a sua caminhada imperial rumo ao terceiro título mundial de Fórmula 1! Com a 41.ª vitória da carreira e 40.ª da Mercedes, o campeão do Mundo alargou a vantagem no campeonato para 48 pontos sobre Rosberg e 59 sobre Vettel que «fechou» o pódio.

Ambos os pilotos da Mercedes tinham alertado, após a qualificação, para a importância do arranque e ambos partiram bem. Mas Suzuka é uma pista especial em que a 2.ª posição da grelha, mesmo estando no lado menos limpo da pista, não é muito desvantajosa por ficar do lado interior das duas primeiras curvas. Hamilton arrancou de forma brilhante e ficou quase a par de Rosberg mas, depois, no duro braço-de-ferro que se seguiu, obrigou o colega de equipa a alargar a trajectória de tal forma que não só assumiu o comando como o alemão… caiu para 4.º!

A partir daí, Hamilton «desapareceu», aproveitando a superioridade já evidenciada pelos Mercedes na pista japonesa e teve uma tarde tranquila, apenas com uma ligeira queixa de vibrações no final de vida do segundo jogo de pneus. Uma vitória tranquila, decidida na partida e que mostrou que o «papão» Hamilton está de volta, quando faltam apenas cinco corridas para o final do campeonato! Um sucesso, contudo, cheio de significado emocional, já que o deixa empatado com o seu grande ídolo, Ayrton Senna!

Rosberg teve, então, de começar a sua recuperação, um trabalho que começou com dificuldades acrescidas devido a um sobreaquecimento inicial do motor. Mas depois de tudo controlado, o alemão aumentou o andamento e permitiu que a sua equipa jogasse bem com a estratégia que lhe permitiu ganhar as posições a Bottas e Vettel nas trocas de pneus. Na segunda paragem, a Mercedes surpreendeu a Ferrari parando uma volta mais cedo e ganhou-lhe o lugar por «milímetros», quando Vettel saía das «boxes», para garantir a 8.ª dupla do ano e… esquecer a «tragédia de Singapura»!

A Ferrari minimizou os danos ao bater claramente a Williams, com Vettel e Raikkonen a mostrarem que ainda não estão em posição de lutar de igual para igual com os Mercedes neste tipo de circuitos, mas que estão confortavelmente à frente de todos os outros… Até porque a Williams «insiste» em ter algumas falhas na avaliação estratégica, como ontem sucedeu com Bottas.

A corrida perdeu logo três potenciais animadores na partida, quando uma ligeira «carambola» atrasou irremediavelmente Daniel Ricciardo (Red Bull), Felipe Massa (Williams) e Sergio Perez (Force India), todos com pneus furados. Isso deixou Nico Hulkenberg com a hipótese de fazer uma corrida sólida e dar bons pontos à Force India.

Apesar do seu 6.º lugar, contudo, perdeu algum do avanço que tinha sobre a Lotus na luta entre os Construtores porque tanto Grosjean como Maldonado fizeram duas magníficas provas para darem pontos de que a equipa tanto necessita porque significam mais alguns euros para o orçamento de 2016… Os lugares pontuáveis fecharam com os dois Toro Rosso, com Verstappen a exibir-se uma vez mais a grande altura, ganhando oito posições e passando Sainz mesmo perto do final, aproveitando alguns problemas de pneus do espanhol. Classificação:

Na casa da Honda, a McLaren conseguiu terminar a corrida com os dois carros é verdade – aliás, os vinte carros terminaram classificados, apenas Nasr (Sauber) parou mas a duas voltas do fim –, mas com enorme frustração dos seus pilotos que se viam ultrapassados nas rectas, impotentes pela falta de potência dos motores… O Mundial regressa dentro de duas semanas, com o G.P. da Rússia, em Sochi, a 11 de Outubro.