Mesmo no calor da comemoração de uma grande vitória, Lewis Hamilton, no topo do pódio, não esqueceu quem mais o ajudou a lá chegar, o seu engenheiro: «Quero dedicar esta vitória ao meu engenheiro. Perdeu o pai no início desta semana e foi terrível para ele estar aqui a semana toda a trabalhar, mas nem por um momento lhe vi um piscar de olhos, estou-lhe extremamente agradecido!».
Na sua quarta vitória na pista onde conseguiu o primeiro triunfo na F1, o campeão do Mundo não podia estar mais contente: «Adoro Montreal! Adoro esta pista, adoro a cidade!». E resumia assim o seu regresso aos sucessos: «Foi mais um fim-de-semana fantástico, nunca me cheguei a sentir sob forte pressão, apesar de o Nico estar muito rápido e a fazer um grande trabalho. Mas sentia que tinha ainda algum tempo ‘no bolso’ para responder a qualquer ataque. Apenas tive de gerir um pouco o consumo, a 20-25 voltas do fim, para poder atacar se mais tarde, se fosse preciso. O meu carro estava a gastar mais que o do Nico até porque quem vai atrás apanha sempre um pouco do cone de ar e gasta menos».
Recordado do sucedido no Mónaco, em comparação com o Canadá, Hamilton referiu: «Estava mesmo a precisar disto! O fim-de-semana do Mónaco foi fabuloso, apesar do resultado decepcionante. Mas agora, voltar ao pódio onde me estreei a vencer, é simplesmente fantástico!».
«Ataquei, ataquei… mas não deu nada!», reconhecia humildemente Nico Rosberg. «Forcei como um louco para o pressionar, a ver se cometia algum erro, mas não consegui, por isso parabéns para ele. Por outro lado, quando lutamos contra um piloto que tem um carro igual ao nosso fica difícil. Quando eu carregava no botão que me dava mais alguns cavalos… ele fazia o mesmo!».
O alemão chegou a assustar-se no início da corrida: «Nas primeiras cinco voltas o Kimi [Raikkonen] voava atrás de mim e cheguei a pensar se os Ferrari não estariam mais rápidos em corrida. Mas depois… deixei de o ver nos retrovisores, o que foi bom!». Quanto ao que lhe faltou para poder ganhar em Montreal, Rosberg resumiu: «O ritmo de corrida estava lá, a única coisa que falhou foi a posição na qualificação, terei de melhorar nesse aspecto».
Para a Williams a época parece começar no Canadá, de certa forma como já tinha sucedido no ano passado e o primeiro pódio do ano deixou Valtteri Bottas encantado: «Tenho de estar muito contente connosco como equipa porque foi, de facto, um trabalho de equipa ao longo de todo o fim-de-semana. E precisávamos tanto deste resultado para nos dar mais confiança para nos assumirmos como um ‘top team’, lutarmos pelos pódios e aproveitar as evoluções que a equipa estreará na próxima corrida».
O finlandês reconhece que chegou ao pódio também graças ao pião do seu compatriota da Ferrari. «O erro do Kimi permitiu-nos subir uma posição mas, depois, alterámos a nossa estratégia, o que também demonstra a grande flexibilidade e dinâmica da equipa. O champanhe soube mesmo bem!».