G.P. da Grã-Bretanha – Hamilton na «pole» e Williams bate a Ferrari

Pelo segundo ano seguido, Lewis Hamilton garantiu a «pole position» para o G.P. da Grãs- Bretanha, batendo Rosberg por um décimo de segundo… com os Mercedes muitíssimo mais rápidos que todos os outros. Ou seja, 61 anos depois a história deverá repetir-se: foi a 4 de Julho de 1954 que a Mercedes se estreou na Fórmula 1, no G.P. de França (Reims), com uma dupla (Fangio e Kling) tanto na qualificação como na corrida.

Logo na primeira parte se percebeu que dificilmente os Ferrari poderiam fazer frente aos Mercedes, ao conseguirem os mesmos tempos com pneus médios que os campeões do Mundo com borrachas duras. E como, segundo a Pirelli, a diferença entre as duas misturas é de 0,8 a 0,9 s logo se percebeu que a diferença ia ser grande. Mas foi ainda maior, acima de um segundo, e a Scuderia acabou até por ser batida pelos dois Williams!

Um dos problemas que os pilotos tiveram de enfrentar foi a «tolerância zero» imposta pelos comissários (um deles é Nigel Mansell) quanto a saírem dos limites da pista na curva Copse, o que não era fácil devido à mudança da direcção do vento em relação ao treino matinal. E houve meia-dúzia de pilotos com os seus tempos apagados logo na primeira parte do treino, deixando mensagem clara para o resto do treino.

Alonso entrou na qualificação com uma pequena fuga de líquido refrigerante do sistema híbrido, sempre com o «coração nas mãos», mas acabou por fazer as suas tentativas que, sem surpresa numa pista que pede tanto do motor, não deram resultado, sendo afastado logo na primeira parte da qualificação. Tal como o colega na McLaren, Jenson Button, os dois Manor e o Sauber de Nasr.

Na segunda fase da qualificação, Verstappen, que dizia serem os Toro Rosso os melhores chassis em Silverstone, atrás dos Mercedes, continuou a queixar-se de falta de tracção: «Como é possível o carro ter mudado tanto de um treino para outro?! A traseira foge em todas as curvas!», gritava desesperado pelo rádio, ficando de fora da última e decisiva fase. Raikkonen apanhou um susto porque viu o seu tempo apagado pelo «síndrome de Copse» e, nos limites, foi 9.º passando ao Q3. Nenhum dos Lotus conseguiu passar esta segunda parte.

Por fim, na luta pela «pole», Hamilton bateu Rosberg logo na primeira tentativa e nenhum dos dois conseguiu melhorar na segunda. O britânico abortou mesmo a sua volta, enquanto o colega de equipa tentou até final mas… queixoso: «Muito estranho, não tinha aderência na frente-esquerda…». Fantástico foi Felipe Massa com fortíssimo ataque nos derradeiros minutos a bater não só o seu colega de equipa mas, por margem significativa, os Ferrari. Desde 2002 que os dois Williams não estavam nos primeiros quatro lugares no G.P. da Grã-Bretanha!

Só Vettel não achou piada à actuação do brasileiro, queixando-se de que a sua volta de preparação foi prejudicada por Massa. E acabou mesmo batido por Raikkonen, pela segunda vez este ano! Pela terceira prova consecutiva, Kvyat bateu Ricciardo na «guerra» dos Red Bull, com o australiano a ficar em 10.º depois de ter o seu melhor tempo anulado… Tempos da qualificação:

A corrida arranca amanhã pelas 13 horas de Portugal Continental e só se deseja que a pequena diferença entre Hamilton e Rosberg proporcione um belo duelo pela vitória. Mas também deverá ser muito interessante a luta entre os Williams e os Ferrari. Uma corrida a não perder!