Lewis Hamilton está a ser fortemente criticado pela atitude que teve no pódio do G.P. da China quando, em plena comemoração da vitória, apontou a garrafa de champanhe para a cara de uma das raparigas que ali se encontravam. Que não estava com ar de estar a apreciar uma «brincadeira» que Hamilton já tinha tido no pódio de Melbourne (Austrália).
Diga-se em abono da verdade que o piloto da Mercedes foi apenas um de muitos pilotos que, no entusiasmo da festa do champanhe, decidiram regar todos quantos estavam no pódio, com particular predilecção pelas chamadas «grid girls». Mas a imagem que correu mundo, em que é visível o incómodo da rapariga chinesa, levou a fortes reacções de movimentos feministas, nomeadamente do Reino Unido.
«Não é uma função fácil ser ‘grid girl’ e ela poderia ter uma alternativa a ter de ficar ali plantada a ser regada com champanhe», comentou Rox Hardie, do movimento feminista Object, ao «Daily Mail». «O desporto automóvel parece depender inutilmente das mulheres como objectos sexuais. Podíamos, ao menos, esperar dos pilotos que fizessem prova de algum respeito relativamente a essas mulheres».
Uma polémica que surge precisamente no momento em que se discute se a F1 deverá continuar com o recurso às «grid girls», depois de a organização do Mundial de Resistência ter anunciado o abandono dessa prática já este ano.