Lewis Hamilton experimentou o halo durante várias voltas no primeiro treino do G.P. de Singapura e… gostou! Mais: disse que, por ele, podia começar já a correr com aquela estrutura de protecção do habitáculo montada. «Podia correr já com isto este fim-de-semana, se o autorizassem», garantiu o tricampeão do Mundo.
Como é óbvio, era aguardada com grande expectativa a sua opinião, na primeira experiência que fez com a estrutura halo, cuja adopção nos monolugares de F1 foi adiada em relação a 2017, mas ainda não afastada quanto a 2018. E a curiosidade advinha, essencialmente, por Hamilton ter sido um dos principais detractores do halo das primeiras vezes que o viu, ainda nos testes de pré-temporada, em Barcelona.
As críticas, então, foram corrosivas! Que diferença para agora que experimentou na prática o dispositivo… «Tirando a entrada no carro que é de facto diferente e mais complicada, não notei uma diferença assim tão grande», comentou. «Talvez tapasse um pouco a visão para os espelhos, para ver para trás… Mas, tirando isso, nem dei por ele».
Outra opinião muito aguardada era a de Fernando Alonso que também se estreou com o halo montado no seu McLaren. Porque o espanhol é sempre muito crítico de tudo e não costuma deixar nada por dizer… E a sua conclusão é que ainda há muito trabalho a fazer para facilitar a entrada e saída do piloto, antes de se poder usar o halo. Já em relação à visibilidade, é uma questão de hábito.
«É bastante difícil de entrar e sair, foi a minha primeira impressão», comentou Alonso. Quanto à visibilidade, há de facto uma redução, mas calculo que nos habituemos facilmente. Lembro-me de quando os ‘narizes’ dos carros ficaram mais altos a visibilidade ficou muitíssimo pior, mas ao fim de dois ou três anos já nem dávamos por isso».
A conclusão de Alonso, portanto: «Há ainda algum trabalho a fazer a nível do ‘design’. Há que melhorar a entrada e saída do ‘cockpit’ de alguma maneira e também facilitar a tarefa dos mecânicos de nos apertarem os cintos».